Apenas 1,7% dos presos do Rio de Janeiro trabalham – e recebem por isso

Por Leandro Resende

Publicado na Agência Lupa

1,7%. Esse é o percentual de presos no Rio de Janeiro que trabalham em alguma atividade remunerada. São apenas 872 das 51.972 pessoas detidas no estado, que é um dos que mais têm presos ociosos. Minas Gerais, por exemplo, com a segunda maior população carcerária do Brasil, tem 30% dos presos exercendo algum trabalho remunerado. Os dados são de um estudo feito pelo Instituto Igarapé e divulgado nesta quinta-feira (29).

A grave crise financeira em que o Rio de Janeiro está contribuiu para que o número – que já era baixo – reduzisse ainda mais. Em julho deste ano, os presos que prestam serviços gerais para as próprias unidades prisionais, os chamados “faxinas”, deixaram de receber. O trabalho que eles fazem passou a ser classificado como voluntário pela Secretaria de Administração Penitenciária (Seap).

Durante a elaboração do último Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias, divulgado no ano passado pelo Ministério da Justiça, o Rio de Janeiro foi o único estado brasileiro que não informou o número de presos em atividades laborais. O tema chegou a ser discutido durante o debate entre os candidatos ao governo do RJ na TV Globo. A situação do estado só não é pior do que a do Rio Grande do Norte, onde só 1% dos apenados exerce algum tipo de atividade laboral, segundo o Infopen. O levantamento mostra que, em todo o Brasil, o percentual de presos que trabalham chega a 15%.

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