É crescente a importância do sistema penitenciário nas discussões sobre segurança pública e justiça criminal no contexto brasileiro. De acordo com o Departamento Penitenciário Nacional (Depen), cerca de 755 mil pessoas estavam em presas no Brasil em dezembro de 2019, em um sistema com 442 mil vagas. Em 19 anos, a quantidade de indivíduos privados de liberdade mais que triplicou.

 

A sobreocupação é acompanhada de graves complicações relacionadas a saúde, assistência social e também a educação e trabalho. No Brasil, apenas 19% dos presos estão envolvidos em atividades laborais. A falta de oportunidades de emprego afeta também pessoas egressas do sistema penitenciário. O tema tem importância por sua relação com remição de pena, autonomia financeira, inserção social e, assim, diminuição da reincidência criminal.

Nosso contexto

POPULAÇÃO CARCERÁRIA NO

BRASIL

 (DEZEMBRO DE 2019)

755.274 pessoas presas para

442.349 vagas

30,4% ainda não foram condenados

95% são homens

67% são negros

51% têm de 18 a 29 anos

58,2% têm até o ensino fundamental incompleto, são analfabetos ou não têm cursos regulares

Somente 19,3% trabalham

Somente 16,5% estudam

POPULAÇÃO CARCERÁRIA NO

ESTADO DO RIO

(DEZEMBRO DE 2019)

51.029 pessoas presas para

31.485 vagas

38,7% ainda não foram condenados

95% são homens

75% são negros

58% têm de 18 a 29 anos

69% têm até o ensino fundamental incompleto, são analfabetos ou não têm cursos regulares

Somente 3,5% trabalham

Somente 8% estudam

Fonte: Infopen — Departamento Penitenciário Nacional – Depen.

Rede de atenção às pessoas egressas

Esses relatórios se propõem a analisar o histórico e os desafios de 15 anos de funcionamento da Rede de Atenção À Pessoa Egressa do Rio de Janeiro, além de mapear os atores-chave e suas demandas. Conheça as publicações:

Mapeando atores-chave e suas demandas
Histórico, desafio e lições
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Lili, histórias de desafios e oportunidades na liberdade de mulheres

Presídios femininos registraram cerca de 13 mil saídas no primeiro semestre de 2017. Em liberdade, milhares de mulheres enfrentam desafios relacionados ao acesso à documentação, à saúde, à educação, à retomada de vínculos familiares e ao emprego. 

 

Neste infográfico, contamos a história de Lili. Lili é como pessoas presas com frequência se referem à liberdade. É também o nome de uma personagem fictícia cuja história sintetiza diversas mulheres.

Veja o infográfico

Estratégias para a Liberdade

Apesar das oportunidades escassas de inserção social para pessoas presas e egressas no Brasil, iniciativas promissoras voltadas para o trabalho e para a qualificação de pessoas presas e egressas surgem pelo país. O Instituto Igarapé mapeou 10 dessas ações. Elas são apresentadas na publicação “Estratégias para a Liberdade: Guia de Práticas Promissoras de Qualificação e Trabalho para Pessoas Presas e Egressas”. O objetivo é incentivar que sejam melhor avaliadas e multiplicadas pelo poder público e pela sociedade civil. E também informar quem se interessa pela prevenção da violência sobre o que funciona.

Leia a publicação

O papel do setor privado

O setor privado pode contribuir ativamente para a prevenção da reincidência criminal e, assim, produzir impactos positivos para toda a sociedade. É o que mostra a campanha Sócios da Liberdade. A ação apresenta vídeos com depoimentos de mulheres já contratadas e seus contratantes. E, ainda, materiais informativos mostrando quais são os modelos possíveis de oferta de emprego, dentro e fora da prisão, e o passo a passo para iniciar esse processo.

Trabalho e liberdade: emprego e renda para mulheres podem interromper ciclos de violência

O artigo estratégico trata de oportunidades e desafios para que presas e egressas trabalhem e se capacitem profissionalmente. O perfil majoritário dessas mulheres — jovens, negras, com baixa escolaridade — coincide com o grupo mais vulnerável no mercado de trabalho.

Leia a publicação

O Trabalho na Prisão e na Vida em Liberdade: oportunidades e desafios da Política Nacional

O artigo estratégico busca identificar quais os impactos da Política Nacional de Trabalho no Sistema Prisional. A PNAT representou um avanço, por sua proposta de articulação intersetorial e orientações para ações dos estados, mas ainda enfrenta muitos desafios.

Leia a publicação

Na porta de saída, a entrada no trabalho: políticas para o emprego de presos e egressos no RJ

O artigo estratégico apresenta marcos legais, números e recomendações para aumentar o acesso de pessoas presas e egressas ao mercado de trabalho. Foca em oportunidades e desafios identificados no Brasil e, mais especificamente, no Estado do Rio de Janeiro.

Leia a publicação
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Depois da prisão: caminhos possíveis para mulheres

O crescimento expressivo no número de presas nos últimos anos (656% de alta de 2000 a 2016, contra 293% na população prisional masculina) impõe ao governo e à sociedade a necessidade de olhar com atenção para o encarceramento feminino. 

 

Em infográfico, o Igarapé mostra quem são essas mulheres e por que foram presas. Essa compreensão é importante para a criação de políticas de trabalho para elas.

Veja o infográfico

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