Mulheres negras, as mais vulneráveis entre as mais vulneráveis

Por Dandara Tinoco

Para El País

Lutas femininas por melhores condições de vida e trabalho estão na origem da criação de um Dia Internacional das Mulheres. Mais de um século depois, desigualdades persistem e atingem de maneira desproporcional algumas delas. De acordo com o Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea), a vulnerabilidade das mulheres negras ao desemprego é 50% maior que a da população em geral. E, ainda que sua média salarial tenha quase dobrado de 1995 a 2015, é 59% inferior à dos homens brancos e 41,8% inferior à das mulheres brancas.

Na população carcerária, mulheres negras somam 62% do total, de acordo com o Levantamento Nacional de Informações Penitenciárias (Infopen). Os dados mostram também que a mulher presa é jovem, mãe e com baixa escolaridade. Quem lida diretamente com esse público destaca que necessidades socioeconômicas de seus filhos e outros dependentes frequentemente estão relacionadas à entrada na prisão. As incidências penais pelas quais são presas com maior frequência estão associadas a drogas. Não raro elas ocupam posição de coadjuvantes no cometimento de crimes, que envolve o transporte e pequeno comércio das substâncias, como mostrado pelo próprio Infopen Mulheres. Assim, pensar em estratégias que garantam sua autonomia financeira é tema que merece atenção.

 

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