Décima Cúpula dos Brics: o que o Brasil pode ganhar em acordos científicos?
26/07/2018
Leticia Mori
Publicado originalmente na BBC Brasil
Boa parte dos resultados concretos que o governo brasileiro espera ter ao fim do encontro com os chefes de Estado de Rússia, Índia, China e África do Sul na décima Cúpula dos Brics nesta semana estão relacionados à cooperação na área de ciência e tecnologia.
O governo espera anunciar parcerias técnicas em projetos bem específicos, com foco na aplicação comercial, e cuja efetivação pode ser relativamente rápida, segundo o ministro Kenneth Nóbrega, diretor do Departamento de Mecanismos Inter-regionais.
“São projetos bem técnicos, e como a maioria não precisa de aprovação orçamentária, já podem começar no curto prazo”, disse ele à imprensa pouco antes do início da cúpula.
Apesar de o principal assunto na mesa ser o avanço do protecionismo e a “guerra comercial” iniciada com a imposição de taxas de importação pelos EUA, os resultados nessa área tendem a ser mais de longo prazo.
“O Brics é um bloco de coordenação, ou seja, o grande poder dessas cúpulas é tirar iniciativas para serem levadas em outras instância, combinar o jogo, como ter uma mesma posição na OMC”, explica o professor de relações internacionais Geraldo Nagib Zahran Filho, da PUC-Rio.
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