Governo RJ: Checamos, em tempo real, debate entre Paes e Witzel na Globo
Por Leandro Resende, Nathália Afonso e Raphael Kapa
Publicado na Agência Lupa
Wilson Witzel (PSC) e Eduardo Paes (DEM), que disputam o segundo turno da eleição para o governo do Estado do Rio de Janeiro, se encontraram em debate promovido pela TV Globo na noite da quinta-feira (25).
A Lupa e o Instituto Igarapé acompanharam o evento em tempo real, avaliando a veracidade das frases ditas por ambos. As checagens também foram publicadas no Twitter. Os candidatos e suas campanhas foram avisados sobre o trabalho da Lupa e podem enviar suas observações sobre elas a qualquer tempo.
“Esse cara [o advogado Luiz Carlos Azenha], em uma troca de WhatsApp, disse a você [Witzel] que ele o representa”
Eduardo Paes (DEM)
Reportagem da revista Veja revelou uma série de mensagens trocadas por Luiz Carlos Azenha, advogado que ficou conhecido por ter defendido o traficante Nem, da Rocinha, e Witzel. Em entrevista à publicação, Azenha declarou ter amizade com o candidato do PSC e afirmou que tem uma relação profícua com o ex-juiz. Em uma das mensagens obtidas pela Veja, Azenha lamenta que Witzel tenha saído mais cedo de um evento em que os dois estavam presentes. “Você me representa”, respondeu o candidato do PSC ao advogado.
Nem foi preso em 2011 após ser encontrado dentro do porta-malas do carro dirigido por Luiz Carlos Azenha. Ele tentou subornar os agentes na abordagem e chegou a ser preso.
“[Witzel] recebia sempre acima do teto [como juiz federal]”
Eduardo Paes (DEM)
Uma busca no site do Tribunal Federal Regional da 2ª Região mostra que, em diversos meses de 2017, Witzel não recebeu salário líquido acima do teto constitucional. Em fevereiro de 2017, foram R$ 29.094,99. Em abril, R$ 26.453,86. Em maio, R$ 25.378,86. Em junho, R$ R$ 30.169,99. Desde 2015, o teto do Judiciário é de R$ 33.763,00.
“Na minha época [na Prefeitura do Rio], o valor do bilhete [de ônibus na cidade] era o mesmo [de São Paulo]”
Eduardo Paes(DEM)
Eduardo Paes foi prefeito do Rio de Janeiro entre 2009 e 2016. Em seu primeiro ano de governo, a passagem de ônibus custava R$ 2,10. Em São Paulo, no mesmo ano, R$ 2,30. Em 2016, seu último ano de seu mandato, o valor do bilhete do Rio era R$ 3,80 – o mesmo cobrado em São Paulo. Hoje, o carioca paga R$ 3,95 nos ônibus, e o paulistano, R$ 4.