O profeta do fim da União Soviética é “comunista” para os fãs de Bolsonaro

Se Ronald Reagan estivesse vivo é capaz de que ele também fosse chamado de bolchevique.

 

Por Amauri Gonzo

Publicado na VICE

Parece que as eleições brasileiras fizeram mais uma vítima da Síndrome de “Todo Mundo que Não Gosto É Comunista”. Depois do historicamente antifascista Roger Waters ter revoltado os fãs da pista premium do seu show em São Paulo por chamar o candidato à presidência Jair Bolsonaro (PSL) de neofascista, agora é a vez de um dos grandes articuladores do mundo pós-soviético, o neoliberal de primeira ordem Francis Fukuyama, ser chamado de “comunista”.

A “acusação” veio depois que Fukuyama compartilhou em sua conta no Twitterum artigo de opinião do jornal The New York Times chamado Can Brazil’s Democracy Be Saved? (“A Democracia no Brasil Pode Ser Salva?”), assinado pelo cientista político canadense Robert Muggah, co-fundador do Instituto Igarapé. O texto, que contém críticas fortes ao PT e também ao MDB e ao PSDB, foca no encanto que Bolsonaro exerce sobre a classe média brasileira, chamando o deputado federal de “populista” e “autoritário”, mostrando como ele é um perigo para a continuidade da democracia brasileira.

 

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