O ecossistema do crime ambiental na Amazônia: uma análise das economias ilícitas da floresta

Pesquisa analisa dados de 369 operações da PF realizadas entre 2016 e 2021

 

O crime ambiental não acontece sozinho. O desmatamento da Amazônia, em grande medida ilegal, é impulsionado por diferentes economias ilícitas ou contaminadas com ilicitude. Trata-se de atividades como extração ilegal de madeira, mineração ilegal (sobretudo de ouro), grilagem de terras e atividades agropecuárias com passivo ambiental. Essas práticas movimentam crimes ambientais, financeiros, tributários e crimes violentos, que estimulam o desmatamento. É o que mostra o Artigo Estratégico “O ecossistema do crime ambiental na Amazônia: uma análise das economias ilícitas da floresta”. 

O panorama traçado no documento tem como base a análise detalhada e inédita de 369 operações realizadas pela Polícia Federal, entre 2016 e 2021. Os dados mostram que o crime ambiental fomenta ou é fomentado por outros crimes como fraude, corrupção e lavagem de dinheiro. Além disso, as investigações envolvem organização criminosa, posse ilegal de armas de fogo, munições e explosivos e crimes violentos contra pessoa.

As operações da PF revelam uma natureza organizada da criminalidade ambiental na Amazônia. Um cenário de falta de dados, fragilidades institucionais e insuficiente vontade política para responsabilizar atores envolvidos em atividades com grande impacto na destruição da floresta.

 

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