Minerais críticos e estratégicos do Brasil em um mundo em transformação
Dono de uma diversificada oferta de minerais estratégicos, matéria-prima disputada na transição para uma energia verde, o Brasil está vendo crescer a demanda por minerais cruciais para um mundo descarbonizado. O país tem 94% das reservas mundiais de nióbio, 22% de grafite e 16% de níquel, além de representar 17% de terras raras, o terceiro maior depósito do planeta. Com 30% das reservas desses minerais localizadas na Amazônia Legal, o Brasil tem o potencial para se posicionar no mercado global de minerais estratégicos com credibilidade e responsabilidade para impulsionar seu portfólio e, ao mesmo tempo, proteger seus biomas e as comunidades que neles vivem.
Este estudo aponta que o país pode usar esse potencial para ditar as normas sociais e ambientais globais desse mercado. Mas indica que o papel dos minerais estratégicos do Brasil na transição energética não está claro, e que falta uma definição de como o país vai se inserir nos mercados globais – além da necessidade de um amplo consenso social sobre a importância da proteção ambiental e cultural para essa definição.
O objetivo do estudo é trazer insumos para a discussão sobre o gerenciamento dos recursos naturais no país, e para que sejam estabelecidos os compromissos para uma política energética e ambiental justa, coerente e sustentável.
Para isso, o relatório traz um panorama amplo do escopo, escala e distribuição de minerais estratégicos no Brasil, e das regras e regulamentações que regem o acesso a esses minerais. Examina os principais atores e empresas envolvidos na extração mineral no país e mostra suas implicações para alguns dos principais biomas do Brasil, principalmente a Amazônia.
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