Livro mapeia modos de ativismo e guerra digital na América Latina

[Press Release] Abril de 2016

A Internet está reconfigurando os atores sociais. De um lado, por exemplo, cidadãos estão utilizando o espaço cibernético para buscar mudanças; de outro, as redes sociais também estão sendo usadas por milícias e gangues criminosas para extorquir, intimidar e até matar. No meio desse “ecossistema digital”, governos adotam posicionamentos muitas vezes contraditórios.

Open Empowerment: From Digital Protest to Cyber War [Empoderamento aberto: dos protestos digitais à guerra cibernética], e-book editado pelo Instituto Igarapé e da Fundação SecDev, reúne nove estudos sobre o que os autores, todos especialistas em segurança e governança ciubernética, chamam de empoderamento aberto, ou seja, “a ampliação do poder de ação social político e econômico possibilitada pela revolução digital”. As pesquisas incluem os casos da Argentina, Brasil, Colômbia, El Salvador e México.

O livro, que está sendo vendido pela Amazon, revela novos modos de crimes praticados na internet na América Latina, onde gangues de narcotraficantes usam plataformas virtuais para organizar e divulgar suas atividades, recrutar membros, intimidar autoridades e cidadãos, extorquir dinheiro e contratar matadores de aluguel. A edição também se atém sobre as formas pelas quais os usuários da internet estão encontrando voz e ganhando autonomia.

“Esse novo cenário traz profundas implicações para a governança, a segurança e o bem-estar econômico, tanto no contexto real quanto no virtual. A Internet redefine fundamentalmente as fronteiras do que é considerado legítimo e ilegítimo ou legal e ilegal, e o que constitui uma ação civil ou não civil”, analisa Robert Muggah, diretor de Pesquisa do Instituto Igarapé e co-editor do livro ao lado de Rafal Rohozinski, da Fundação SecDev.

Muggah é, ainda, co-autor do capítulo sobre o Brasil, juntamente com Gustavo Diniz e o escritor Misha Glenny, autor de McMafia: A Journey Through the Global Criminal Underworld, DarkMarket: Cyberthieves, Cybercops and You, e Nemesis: One Man and the Battle for Rio. Em “An emerging power’s approach to cyber-(in)security: assessing Brazilian threats and responses” [Uma abordagem de uma portência emergente para a (in-) segurança cibernética: avaliando ameaças e respostas brasileiras], os autores fazem um panorama da situação do país: de fraudes bancárias e ciberterrorismo à ciberespionagem e o Marco Civil da Internet.

Lista de artigos

Introduction: An era of “open empowerment” in Latin America

Rafal Rohozinski e Robert Muggah

Internet, participación ciudadana y ciberdelito en Argentina

Miguel Sumer Elías e Daniel Monastersky

An emerging power’s approach to cyber-(in)security: assessing Brazilian

threats and responses

Robert Muggah, Misha Glenny e Gustavo Diniz

Colombia’s black web: guerrilla websites, twitter protests and the cybercrime

challenge

Elyssa Pachico e Hannah Stone

Online power and impotence in El Salvador

James Bosworth e Samuel Logan

#DemocracyMX: impacts of cyberspace on Mexican civil society, drug cartels

and government

Jorge Soto e Constanza Gomez Mont

Strategic communications and cyberspace in Mexico’s drug war

Antoine Nouvet e James Farwell

Mapping the digital ecosystem of gangs in the U.S. and Mexico

Julian Way e Robert Muggah

Perspective: studying open empowerment in the age of big data

Rafal Rohozinski e Robert Muggah

Os autores

  • Robert Muggah é director de Pesquisa do Instituto Igarapé e diretor da Fundação SecDev. (Editor)
  • Rafal Rohozinski é director do grupo SecDev, pesquisador das iniciativas Infowar Monitor e OpenNet e co-autor do estudo Ghostnet. (Editor)
  • Antoine Nouvet é pesquisador da Fundação SecDev e consultor da ONU sobre empoderamento aberto e prevenção de conflitos.
  • Constanza Gomez Mont é diretora da ONG Pides, do México.
  • Daniel Monastersky é advogado especializado em proteção de dados. É fundador da instituição Identidad Robada.
  • Elyssa Pachico foi redatora da ONG colombiana InSight Crime.
  • Gustavo Diniz foi pesquisador do Instituto Igarapé.
  • Hannah Stone foi redadota da ONG colombiana InSight Crime.
  • James Bosworth é diretor de Análises do Southern Pulse
  • James Farwell é especialista em comunicação estratégica e Guerra cibernética e consultor do Department of Defense dos EUA.
  • Jorge Soto é coordenador da Estratégia Digital Nacional do governo mexicano. Também é conselheiro do Instituto Igarapé.
  • Miguel Sumer Elías é diretor da Informática Legal, da Argentina.
  • Misha Glenny é jornalista e autor de Dark Market, livro sobre crime cibernético. Também é consultor do Insituto Igarapé.
  • Samuel Logan é fundador do Southern Pulse.


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