Guia Prático para Formulação de Políticas Públicas de Prevenção à Violência Contra Mulheres

A violência contra as mulheres é uma realidade complexa e devastadora, que se manifesta de várias maneiras, incluindo violência física, sexual, psicológica, moral e econômica. Considerando este contexto, este guia apresenta programas e iniciativas avaliadas por organizações renomadas, como o Abdul Latif Jameel Poverty Action Lab (JPAL), o Banco Interamericano de Desenvolvimento, o Banco Mundial e a ONU Mulheres, destacando abordagens que tiveram elevado grau de eficácia e eficiência na prevenção da violência contra mulheres. O objetivo é utilizar estas experiências práticas como base para a formulação de políticas públicas embasadas em evidências, focando especificamente na prevenção à violência contra mulheres.

Inicialmente, realizamos uma análise dos fatores de risco e proteção associados à violência contra mulheres. Utilizando como base a “Pirâmide da Violência Machista”, elaborada pelo Instituto de Estudos sobre Estado e Participação – Saúde (IDEP SALUD), exploramos os diferentes níveis em que esses fatores atuam, desde os individuais até os estruturais. Também contextualizamos o cenário legal relacionado à violência contra mulheres, enfatizando o papel da Lei Maria da Penha como marco regulatório no Brasil.

A partir de exemplos de programas concretos já implementados e avaliados ao redor do mundo, o guia destaca a importância de programas e ações que promovam a autonomia financeira das mulheres por meio do acesso a oportunidades de emprego, capacitação profissional e empreendedorismo, assim como iniciativas que desafiam estereótipos de gênero e promovam relações fundamentadas no respeito mútuo e na igualdade de direitos.

O guia reafirma a necessidade de políticas públicas que priorizem a prevenção da violência intrafamiliar e doméstica, e reconhece a necessidade de fortalecimento das redes de proteção às mulheres com serviços de atendimento especializado e medidas de segurança eficazes. Além disso, para transformar os ambientes onde a violência contra as mulheres ocorre com maior frequência, como escolas e residências, o guia sugere a implementação de programas educacionais e de sensibilização sobre violência de gênero, favorecendo a promoção de ambientes seguros e inclusivos.

Por fim, ressalta a importância do envolvimento de todos os setores da sociedade na implementação dessas políticas, incluindo o governo, a sociedade civil, o setor privado e a comunidade em geral. Somente com esforços conjuntos, coordenados e de longo prazo é que será possível criar um ambiente onde todas as mulheres possam viver livres de violência e com dignidade.

 

Leia a publicação

 

Conheça mais sobre o tema no artigo estratégico Enfrentamento da Violência Contra Mulheres e no portal EVA – Evidências Sobre Violências e Alternativas para Mulheres e Meninas.

 

 

 

The Igarapé Institute uses cookies and other similar technologies to improve your experience, in accordance with our Privacy Policy and our Terms of Use, and by continuing to browse, you agree to these conditions.

O Instituto Igarapé utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e nossos Termos de Uso e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições.

Pular para o conteúdo