Entenda por que decretos de Bolsonaro agravam falta de controle sobre armas no país

Publicado no Globo

Com Melina Risso

RIO — A flexibilização do mercado armamentista vai aprofundar o apagão do controle desses equipamentos no Brasil, hoje nas mãos do Exército, Polícia Federal (PF) e forças de seguranças estaduais. Ao passo que os últimos decretos do presidente Jair Bolsonaro permitem que cada vez mais armas entrem em circulação, travas importantes de vistorias foram retiradas da previsão legal e sistemas que deveriam facilitar o controle não são interligados e apresentam vulnerabilidades.

As mudanças ocorrem em meio à falta de investimentos em sistemas de controle, além do afrouxamento de regras que não permitem flagrantes na apuração de eventuais irregularidades. A autorização para que atiradores e caçadores registrados comprem até 60 e 30 armas, respectivamente, sem necessidade de autorização expressa do Exército, deverá pressionar ainda mais o controle desses equipamentos, na visão de especialistas.

— Temos um aumento de armas sem a correspondente infraestrutura necessária e estamos reduzindo a capacidade do Exército e da PF em fazer a fiscalização, que já era pequena — diz Melina Risso, do Instituto Igarapé.

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