Avanços nas políticas de drogas

O ano de 2020 foi marcado por uma grande mudança na política de drogas. Diversos lugares do mundo adotaram legislações progressistas, resultado de um trabalho de mais de uma década de sensibilização e incidência política. Além de ajudar a moldar essa transformação devido ao nosso trabalho no passado na coordenação da Comissão Global de Políticas sobre Drogas, o Igarapé continuou acompanhando e disseminando inovações por meio do Monitor de Política de Drogas nas Américas, plataforma que mostra como os países do continente vêm lidando com a descriminalização e a regulação.

 

Embora um ano turbulento, 2020 trouxe importantes vitórias na política de drogas: a ONU reclassificou a cannabis como uma droga menos perigosa, retirando-a do mesmo patamar de classificação de drogas como a heroína, por exemplo. No Oregon, EUA, 56% da população votou para descriminalizar a posse para o uso pessoal de todas as drogas, deslocando o problema do consumo para fora da esfera policial. Os Estados Unidos, berço da guerra às drogas desde Nixon, vem gradualmente percebendo o perigo deste tipo de política. No total, já são 15 estados que votaram pela regulamentação do comércio de cannabis para uso adulto, e 35 preveem a utilização medicinal da droga. A descriminalização do Oregon foi tema de um artigo de opinião do Igarapé para O Globo e outro para a Folha de S.Paulo.

 

O Igarapé atualizou o seu Monitor de Política de Drogas nas Américas, que acompanha as mudanças em legislações e políticas públicas nos países da região. No monitor, reunimos informações sobre reformas implantadas, legislações, penas alternativas e mostramos como cada país lida com o uso da cannabis medicinal e regula a disponibilidade de tratamento. Também mapeamos como ocorre a descriminalização, a despenalização do consumo, principalmente de cannabis, e a adoção de penas alternativas ao encarceramento. O Monitor foi citado no Globo e na Folha de S.Paulo

 

O Instituto também preparou diversos artigos amplamente lidos e citados sobre como a COVID-19 remodelou o comércio de drogas. Concedemos entrevistas para o Financial Times, o Valor, o UOL, a Reuters e participamos de eventos como Ao Vivo em Casa e do Webinário Estado Alterado, ambos da Folha de S.Paulo, e do Ciclo Internacional de Estudos em Direitos Humanos. O Instituto também esteve em seminários para discutir o crime organizado e suas consequências mais amplas com organizações como UN-Habitat, InSight Crime, Global Initiative on Transnational Crime e Comitê Internacional da Cruz Vermelha.

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