Visualização de dados sobre fragilidade das cidades é apresentada na Habitat III

Instituto Igarapé lança a plataforma Fragile Cities na conferência da ONU sobre desenvolvimento urbano

[Press Release] Outubro de 2016

Decisões tomadas em cidades da Ásia, Africa e América Latina em temas como aquecimento global e questões migratórias podem influenciar toda a agenda mundial. Observando esta tendência atual, o Instituto Igarapé lança uma plataforma de visualização de dados sobre a fragilidade das cidades: Cidades Frágeis é apresentada em Quito, Equador, na Habitat III, a conferência das Nações Unidas sobre desenvolvimento urbano sustentável. O lançamento é parte da mesa Medindo fragilidade das cidades em uma perspectiva global, organizado em parceria com a Prefeitura de Quito.

O projeto é resultado de uma parceria entre o Instituto Igarapé, a Universidade das Nações Unidas, o Fórum Econômico Mundial e a iniciativa 100 Resilient Cities. A ferramenta atribui o grau de fragilidade a mais de 2 mil cidades dos cinco continentes com população acima de 250 mil habitantes. A fragiligidade das cidades é calculada por meio de 11 indicadores, entre os quais taxas de crescimento populacional, desemprego, homicídios, riscos climáticos e ataques terroristas. A visualização de dados permite ao usuário explorar os dados e entender melhor os tipos de riscos enfrentados por cada uma delas.

O principal objetivo do Cidades Frágeis é contribuir para a construção de novas políticas e ações direcionadas em desafios enfrentados pelas cidades ao redor do planeta. “São as cidades e não os Estados nacionais que vão definir o futuro de questões como segurança e desenvolvimento. Queremos que essa plataforma seja uma ferramenta para a formação de políticas”, diz Renata Giannini, pesquisadora do Igarapé que fará a apresentação em Quito.

Algoritmo gera pontuação

A plataforma de visualização de dados mostra que a fragilidade é muito mais amplamente distribuída do que se imaginava. De todas as 2.100 cidades, 14% podem ser consideradas muito frágeis (tiveram escore de 3-4), incluindo Cabul, Aden e Juba. Outras 67% das cidades apresentam níveis médios de fragilidade (com escore de 2-3); elas abrangem desde St. Louis a Valencia. E apenas 16% de todas as cidades apresentam baixa fragilidade (0-1), incluindo Canberra, Sarasota e Sakai. Aproximadamente 4% de todas as cidades tinham dados insuficientes para registrar qualquer escore.

As regiões com as cidades de menor fragilidade incluem a Europa ocidental, Ásia oriental e América do Norte. Um fato interessante é que não há cidades altamente frágeis na Europa, enquanto 52% das cidades europeias apresentam fragilidade média (2-3) e 47% têm baixa fragilidade. As Américas – incluindo a América do Norte, Central e Sul—possuem o maior número de cidades com níveis médios de fragilidade (78%), e apenas 4% com alto grau de fragilidade. O Brasil possui apenas cidades com nível  médio de fragilidade.

Versão 3.0

Um prototipo da plataforma foi lançado no encontro annual do Fórum Econômico Mundial, em Davos, no início do ano. Para o encontro de 2017, o instituto foi convidado a desenvolver e apresentar, ao lado do Departamento de Inteligência Artificial da Universidade de Carnegie Mellon, do Instituto da Terra da Universidade de Columbia, uma nova versão da plataforma, com mais funcionalidades.

 

Medindo fragilidade das cidades em uma perspectiva global

Organização de: Instituto Igarapé e Prefeitura de Quito

Quando? Terça-feira, 18 de outubro, 9h30, horário de Quito, 12h30 no Brasil

Onde? Gran Salon 6 – Centro de Convenciones Eugenio Espejo

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