ONU: 75 anos e o desejo de uma cooperação global mais inclusiva

Com Ilona Szabó, Robert Muggah e Giovanna Kuele

Publicado no Nexo

Com os sistemas políticos e econômicos enfrentando profundas incertezas, e as cadeias de suprimentos globais cada vez mais fragmentadas, há uma oportunidade única de imaginar e redefinir as parcerias globais e o contrato social na qual se baseiam

Em um momento de incerteza global sem precedentes — pandemia, incêndios, tensões geopolíticas e aumento das desigualdades —, líderes mundiais não se encontraram presencialmente em Nova York para o debate geral da Assembleia das Nações Unidas. Pela primeira vez em 75 anos, chefes de Estado e governo enviaram discursos gravados para um debate que está sendo virtual. Também, no dia 21 de setembro, um dia antes do início do debate geral, para o evento de alto nível que marcou o aniversário da ONU, as mensagens foram entregues por vídeo e uma declaração. Nelas, o compromisso pelo multilateralismo e a cooperação global foram reafirmadas e adotadas por consenso.

Mesmo antes da propagação devastadora da covid-19, diversas partes do mundo já sofriam com a polarização política e as divisões ideológicas. Na era das fake news, debates sobre o que constitui fato e ficção são crescentes, representando uma ameaça genuína à estabilidade tanto em lugares de renda mais alta quanto mais baixa. E, mesmo assim, em todo o mundo, a maioria das pessoas — independentemente de sua origem, gênero ou idade — compartilha preocupações e esperanças comuns sobre o futuro. Essa é apenas uma das conclusões de uma notável iniciativa consultiva liderada pela ONU para marcar seu aniversário de 75 anos.

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