‘O Brasil está ficando para trás nas Américas em relação às políticas de drogas’, diz pesquisadora

Publicado no Globo

Com Carolina Taboada

Diversos países do mundo já admitiram o fracasso na guerra às drogas. Enquanto nos EUA, por exemplo, mais de um terço dos estados intensificaram mudanças significativas nas suas políticas, o assunto avança de forma muito tímida no Brasil. É o que revela o Monitor de Política de Drogas nas Américas, projeto do Instituto Igarapé que acompanha as reformas no continente e vai ser lançado na segunda-feira, 28, por conta do Dia Internacional contra o Abuso e Tráfico Ilícito de Drogas, celebrado neste sábado. A pesquisadora do Igarapé Carolina Taboada, à frente do projeto, mostra que o país ainda peca no básico.

O Monitor oferece um raio-x da política de drogas nas Américas. Como estamos em comparação aos outros países do continente?

O Brasil tem avanços bem tímidos, está ficando bem para trás nas Américas em relação às políticas de drogas. A questão da cannabis medicinal, por exemplo, está bem avançada fora, mas no Brasil é bem tímida. Tivemos melhoras pontuais. Em 2006, o usuário passou a não poder ser punido com pena de prisão, mas não estabeleceram critérios objetivos para diferenciar o usuário do traficante. Em 2019, foi liberada a venda de medicamentos à base de canabidiol, mas não foi permitido plantio, e o acesso mais democrático ainda se dá através de liminares da justiça. Damos passos lentos.

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