Moradores protestam contra ação policial que matou 25 pessoas na favela do Jacarezinho, Rio

Publicado no Estadão

RIO – Um dia depois da operação policial mais letal da história do Rio, com 25 mortos na favela do Jacarezinho, um grupo com cerca de 50 pessoas realiza uma manifestação pacífica em frente à Cidade da Polícia, que reúne delegacias especializadas da Polícia Civil, nesta sexta-feira, 7. A operação de quinta-feira foi realizada por 250 agentes da corporação.

Um dos mais importantes institutos de estudos da violência, o Igarapé, também criticou a operação. Afirmou em nota que é inaceitável o Estado continuar apostando na letalidade como principal estratégia de segurança, sobretudo em lugares mais pobres. “Privilegiar o confronto indiscriminado coloca nossa sociedade e nossos agentes públicos em perigo.

De acordo com dados do Instituto de Segurança Pública (ISP), a polícia do Rio foi responsável pela morte de 453 pessoas entre janeiro e março deste ano. O número já representava 36% do total registrado em 2020, quando foram registradas 1.245 vítimas”, diz o texto. Já a Comissão Arns manifestou “seu mais veemente repúdio” à operação realizada pela Polícia Civil do Rio na favela do Jacarezinho. “É inaceitável que esta chacina aconteça em meio à pandemia”, diz o texto.

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