Instituto propõe soluções para a segurança pública no Rio de Janeiro e defende investimento em prevenção

Publicado originalmente em G1.

Um estudo com ações que visam a redução da criminalidade no Estado do Rio de Janeiro foi publicado, nesta terça-feira (17), pelo Instituto Igarapé, organização independente dedicada às questões da segurança e justiça.

 

A ‘Agenda Rio Seguro’ foi idealizada por especialistas em segurança pública durante meses para ser entregue a todos os pré-candidatos ao Governo do Estado e propõe ações que devem ser implementadas nos primeiros cem dias de gestão do novo governador.

 

De acordo com o documento, a prevenção é a maneira mais barata e eficaz de combater a violência e a Agenda apresenta três principais desafios: a corrupção policial, o crime organizado e os crimes contra a vida.

 

Para solucionar estes problemas na segurança pública do estado, o estudo apresenta seis eixos de atuação para um plano de segurança pública e justiça criminal. Veja abaixo quais são as propostas do Instituto Igarapé.

 

Propostas da ‘Agenda Rio Seguro’

 

– Integração dos sistemas de dados das Polícias Militar e Civil
– Colaboração entre ouvidorias das Polícias e Ministério Público
– Colocação de chips em armas e limitação na quantidade de munição comprada para controlar o armamento policial
– Monitoramento de vídeo em unidades prisionais e melhoria da coleta de dados nos presídios
– Ampliação do sistema de capacitação profissional de presos e ex-prisioneiros
– Maior controle sobre operações policiais

 

O objetivo é entender o resultado do trabalho policial e de segurança pública, ao invés de simplesmente ter uma lista contendo o número de operações, apreensões, em quais localidades, para que seja possível organizar melhor a atuação policial, segundo a diretora executiva do Instituto Igarapé, Ilona Szabó.

 

“Quando a gente vai para o eixo de gestão das polícias, estamos priorizando o policiamento de manchas criminais e operações. Queremos medir,saber para quê foi a operacao, o seu resultado, se foi eficaz ou não, já que sabemos aleatoriamente e não temos um resultado de redução da criminalidade. Queremos o resgate de um plano de metas e o resultado da segurança publica é que nos interessa, muitos mais do que os processos”.

 

A redução da evasão escolar também foi frisada pelo documento do Instituto Igarapé como uma necessidade para reduzir os índices de criminalidade no estado.

 

“Quando vemos a evasão escolar, não podemos fazer uma correlação direta, mas as estatísticas criminais e prisionais mostram que a maioria absoluta das pessoas presas, mortas ou que mataram não chegaram nem a concluir o ensino médio. Obviamente estamos perdendo esses jovens antes. A gente precisa lutar por cada aluno dentro da escola. Isso faz parte de como vai virar o jogo da segurança publica”, analisou Ilona.

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