Instituto Igarapé suspende edital da ferramenta CrimeRadar

 

Com atenção às questões legítimas indicadas em redes sociais, o Instituto Igarapé suspendeu, nesta terça-feira, o edital para teste gratuito da ferramenta CrimeRadar publicado recentemente. O Instituto apóia fortemente o diálogo construtivo sobre os desafios complexos relacionados à segurança pública e sobre os efeitos intencionais ou não intencionais do uso de novas tecnologias na área.

Antes de tomar a decisão de prosseguir ou não com o edital, o Instituto Igarapé antecipará duas etapas que já estavam previamente planejadas.

Em primeiro lugar, o instituto finalizará a estratégia de impacto social do projeto CrimeRadar. A estratégia é um documento vivo que explica as etapas tomadas para maximizar a transparência algorítmica e minimizar o preconceito racial e outras eventuais formas de discriminação. A estratégia busca garantir que a ferramenta respeite os princípios de responsabilidade, explicabilidade, precisão e auditabilidade.

Em segundo lugar, caso seja tomada a decisão de prosseguir com o edital, o instituto estabelecerá um comitê independente composto por um grupo diverso de representantes de municípios selecionados, academia e sociedade civil, assim como pelo setor público, para revisar e atualizar periodicamente a estratégia de impacto social e o algoritmo da CrimeRadar.

O Instituto está aberto para feedback construtivo e contribuições de todos os setores, incluindo especialistas em dados e ciências sociais que estão envolvidos no estudo das relações entre as tecnologias de segurança pública e a discriminação em todas as suas formas. A equipe valoriza as oportunidades de melhorar suas atividades e produtos para tornar a sociedade mais segura para todas e todos.

Desde sua criação em 2011, o Instituto Igarapé desenvolve pesquisas aplicadas baseadas em dados e evidências para promover a segurança pública que protege os direitos humanos. Para isso, a organização realiza e publica estudos, bem como desenvolve e testa ferramentas e tecnologias para prevenir e reduzir o crime e o uso excessivo da força policial. O Instituto tem o compromisso de monitorar e avaliar suas atividades, eliminando preconceitos e discriminações e respeitando a privacidade e a proteção de dados.

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