Expansão digital: como as novas tecnologias podem prevenir a violência contra crianças no hemisfério sul
Novembro, 2014
Nos últimos dez anos, os chamados humanistas digitais – especialistas em desenvolvimento social aliados a experts em tecnologia – vêm protagonizando grandes mudanças em segurança pública, com a criação de ferramentas para combater a violência urbana e doméstica. Os programas para telefonia móvel, com ou sem acesso à internet, são um meio de comunicação eficaz, barato e rápido. Para as vítimas, oferecem a confidencialidade, já que, na maioria das vezes, as crianças têm medo de represálias ao recorrer a serviços de denúncia em locais físicos. Para profissionais humanitários ou policiais, permite a coleta de informações e geração de relatórios em tempo real. Já para os governos e organizações, o banco de dados pode melhorar qualitativa e quantitativamente a avaliação de riscos, impactos e as tomadas de decisões estratégicas. O desenvolvimento destas ferramentas demanda parcerias entre as esferas públicas, privadas e criativas. As pesquisas digitais, a comunicação cidadã e o mapeamento de multidões podem, inclusive, apoiar investigações criminais.
Neste artigo estratégico, os autores Helen Moestue e Robert Muggah, especialistas em Segurança Cidadã do Instituto Igarapé, mostram que as ferramentas tecnológicas assumem um papel estratégico em locais com altos índices de pobreza, como América do Sul, África e Ásia. Confira:
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