A maior certeza possível

Publicado na Folha de S.Paulo

Por Ilona Szabó

Talvez uma das principais diferenças da ciência para outras formas de interpretação da realidade é que ela não é dogmática. À luz do método científico —que já se aperfeiçoa há mais 400 anos— tudo é possível. Graças a isso, teorias são destronadas, seja por meio de grandes revoluções científicas —como as que Galileu, Darwin, Einstein já proporcionaram— seja por meio de uma construção gradual de blocos de informação que levam ao conhecimento novo.

O processo científico é, portanto, essencialmente democrático. Como em toda democracia, a construção de consenso é difícil e talvez até não desejável. Quando crianças, nós dois imaginamos nos tornar cientistas ao crescer para termos “certeza absoluta”. Ledo engano: não imaginávamos que a rotina do trabalho científico não é a de gerar “certeza” ou “verdade” —próprias das práticas e doutrinas dogmáticas— mas sim de reduzir a incerteza, em busca da maior certeza possível.

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