Como transformar a economia na Amazônia
Esta publicação apresenta uma análise de seis iniciativas com envolvimento comunitário na Amazônia, organizadas em torno de lições práticas que respondem a desafios enfrentados na região. Entre os principais desafios destacam-se o avanço do desmatamento, a intensificação das atividades ilícitas, a pressão sobre territórios protegidos, a perda de biodiversidade, as barreiras ao acesso a mercados qualificados, a precariedade da infraestrutura e a escassez de oportunidades econômicas que promovam a autonomia local.
Diante dessa realidade, as iniciativas analisadas evidenciam o potencial transformador da bioeconomia e das soluções baseadas na natureza como caminhos viáveis para conciliar a conservação ambiental com o desenvolvimento socioeconômico inclusivo. A participação ativa das comunidades no planejamento, na tomada de decisões e na implementação de ações, é central para todas as experiências documentadas.
As experiências selecionadas foram sistematizadas com base em estratégias adotadas, resultados alcançados, desafios enfrentados e potencial de escalabilidade. Apesar de suas especificidades, as seis iniciativas compartilham elementos, como o uso de modelos produtivos inovadores, a gestão sustentável de recursos biológicos e o fortalecimento de cadeias produtivas éticas – fatores que contribuem para ampliar a autonomia local, a restauração de ecossistemas e a resiliência socioambiental dos territórios.
Os casos analisados apresentam diferentes dimensões da sustentabilidade. O Projeto Ochroma e a Belterra Agroflorestas ilustram como práticas regenerativas podem recuperar áreas degradadas e gerar renda. A Associação dos Produtores Rurais de Carauari (Asproc) e a Cooperativa Kallari demonstram o valor da gestão comunitária de cadeias produtivas sustentáveis. A Rede Origens Brasil e a Aceleradora Amaz destacam a força das redes colaborativas na criação de ecossistemas favoráveis ao empreendedorismo de impacto.
Mais do que um repositório de boas práticas, esta publicação busca sistematizar lições replicáveis e adaptáveis a outros contextos e demonstra que é possível construir modelos econômicos mais justos, resilientes e florestais.
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Conheça mais sobre o tema nos Artigos Estratégicos AE 63 Siga o Dinheiro: crimes ambientais e ilícitos econômicos em cadeias produtivas na Amazônia brasileira e AE 59 Inventário de dados sobre as atividades econômicas e o desmatamento na Bacia Amazônica, além do estudo Reimaginando a Bioeconomia para a Amazônia, em parceria com o Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID).