Olhem os números para reduzir o problema das drogas

Acesse aqui o Monitor de Políticas de Drogas

Publicado no Globo

Por Ilona Szabó e Carolina Taboada

O caminho da política de drogas no Brasil no último ano é errático. Em 2019, enquanto o governo federal adotava um discurso retrógrado e que já se provou ineficiente (como a extinção da Política Nacional de Redução de Danos), a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) resistia às tentativas de interferência e aprovava a venda de produtos à base de cannabis nas farmácias. Em 2020, enquanto o Rio de Janeiro mergulhava no ultraconservadorismo de Witzel, a Alerj aprovava a primeira legislação do Brasil regulamentando pesquisas com cannabis para fins medicinais. Mais recentemente, em 15 de julho, a Justiça Federal do Rio concedeu à Associação de Apoio à Pesquisa e a Pacientes de Cannabis (Apepi) autorização judicial para cultivar maconha para tratamento médico. Até então, apenas uma associação no Brasil — a Abrace, na Paraíba — tinha conseguido a mesma garantia.

Ainda que autorizações judiciais não deem a segurança de longo prazo que uma legislação compreensiva possa dar, estes avanços sinalizam que as evidências científicas e oriundas das experiências de outros países podem estar ganhando espaço por aqui. Na Inglaterra, por exemplo, o NHS — um dos mais completos sistemas públicos de saúde da Europa — começou em julho a pôr em prática um plano que inclui a produção de cannabis medicinal e estudos clínicos com pacientes epiléticos.

Confira a plataforma

The Igarapé Institute uses cookies and other similar technologies to improve your experience, in accordance with our Privacy Policy and our Terms of Use, and by continuing to browse, you agree to these conditions.

O Instituto Igarapé utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e nossos Termos de Uso e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições.

Pular para o conteúdo