O Rio de Janeiro pode fazer mais para mitigar e se adaptar às mudanças climáticas

Publicado no Projeto Colabora

Por Robert Muggah e Julia Sekula

Há poucas cidades mais vulneráveis ao aquecimento global do que o Rio de Janeiro. Com mais de 80 quilômetros de litoral, grande parte da cidade corre risco de ficar submersa. A elevação do nível do mar e das temperaturas tornarão grande parte da “cidade maravilhosa” inabitável. Entretanto, seus residentes parecem estar amplamente alheios à ameaça iminente. Em vez de tornar a cidade à prova dos impactos climáticos e investir em soluções voltadas à natureza, autoridades locais estão dobrando o uso de cimento, tijolo e aço. Isso pode tornar uma situação ruim ainda pior.

Parte dos motivos pelos quais o Rio é tão vulnerável ao aumento do nível do mar, enchentes e superaquecimento se dá pela natureza caótica de seu desenvolvimento urbano. Entre 1960 e 2020, a população triplicou. A maior parte do crescimento populacional deveu-se à migração, que contribuiu para superlotação, escassez de moradias populares e expansão de assentamentos informais ou favelas. Hoje, há quase 7 milhões de pessoas comprimidas na cidade e cerca de 13,5 milhões espalhadas pela Região Metropolitana. Previsivelmente, os residentes mais pobres e bairros mais vulneráveis da cidade estão mais expostos aos efeitos das mudanças climáticas.

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