Apoio transnacional para combater o crime ambiental na Amazônia

União Europeia, Instituto Igarapé e FCDS lançam iniciativa regional para enfrentar crimes socioambientais na Amazônia Ocidental

 

Brasília, 22 de maio de 2025 – Autoridades brasileiras, representantes do corpo diplomático, especialistas, e membros da sociedade civil se reuniram na terça-feira (20 de maio), em Brasília, para o lançamento oficial no Brasil do projeto “Segurança, Conflitividade e Meio Ambiente na Amazônia”. A iniciativa é promovida pela União Europeia, com implementação do Instituto Igarapé (Brasil) e da Fundação para a Conservação e o Desenvolvimento Sustentável (FCDS – Colômbia).

 

O projeto tem como foco o fortalecimento da cooperação regional no combate aos crimes ambientais e conflitos socioambientais que ameaçam a Amazônia, observando a região de fronteiras que compreende Brasil, Colômbia, Peru, Equador e Venezuela. O intuito é de desenvolver uma abordagem integrada para compreender desafios de segurança na região. O projeto terá duração de dois anos. Baseado em diagnósticos rigorosos sobre dinâmicas criminosas transnacionais, como mineração ilegal, crimes violentos e lavagem de dinheiro, o projeto busca subsidiar políticas públicas, reforçar mecanismos de governança ambiental e garantir maior proteção territorial, dando contribuições a governos nacionais e a entidades de cooperação regional.

 

A cerimônia de lançamento, realizada na Delegação da União Europeia em Brasília, contou com a presença da Embaixadora-Chefe da Delegação da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, e representantes do corpo diplomático de países da União Europeia e Países Amazônicos; do Ibama, do Ministério Público Federal, da Polícia Federal, do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes e das representantes do Instituto Igarapé Melina Risso, Maria Eugênia Trombini e Aline Louise.

 

Ao abrir o diálogo, a Embaixadora da União Europeia no Brasil, Marian Schuegraf, destacou que “O crime ambiental é um desafio regional e transnacional. De mãos dadas com o Brasil, a União Europeia está profundamente comprometida em apoiar a proteção da Amazônia.”

 

Trazendo as primeiras perspectivas abertas pelas pesquisas, Melina Risso destacou que o projeto abrange uma porção de terra equivalente ao tamanho do Chile, incluindo fronteiras dos cinco 5 países que estão nos estudos. “O projeto irá mapear as dinâmicas dos crimes transnacionais com especial atenção aos crimes ambientais e crimes conexos, como a lavagem de dinheiro e os crimes violentos, considerando as particularidades de cada país. Também mapearemos as redes e organizações criminosas que atuam na Amazônia ameaçando populações indígenas, ribeirinhas e locais. Revelar as dinâmicas do território é fundamental para melhorar a capacidade de atuação das autoridades, além de aprimorar a coordenação e a cooperação entre os países envolvidos.”, reforça Melina Risso, Diretora de Pesquisa do Instituto Igarapé.

 

Para Rodrigo Botero, Diretor da FCDS Colômbia, é importante reforçar a governança compartilhada na Amazônia. “Os delitos transnacionais estão afetando gravemente sua base ambiental, a democracia e direitos fundamentais. Essa é uma oportunidade de abrir as portas para participação da sociedade civil, particularmente dos indígenas e comunidades locais, para chamar atenção para a co-responsabilidade entre as diferentes instituições. Somos facilitadores, basicamente, de informações para a tomada de melhores decisões e novos passos no processo de coordenação”.

 

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