Questões de vida ou morte
Estamos vivenciando o fim do mundo como o conhecemos. Fomos forçados a pausar, parar por tempo ainda indeterminado, o que considerávamos, até então, ser a nossa “vida normal”. Que momento excepcional para se estar vivo.
Estamos vivenciando o fim do mundo como o conhecemos. Fomos forçados a pausar, parar por tempo ainda indeterminado, o que considerávamos, até então, ser a nossa “vida normal”. Que momento excepcional para se estar vivo.
“Eu acredito em liderar pelo exemplo”. O que poderia ser somente uma frase de efeito fez muito sentido vinda de Sanna Marin, a primeira-ministra mais jovem da história.
O Brasil registrou em 2019 o segundo ano consecutivo de queda no número de homicídios no país, mas a continuidade dessa redução está ameaçada pelos esforços do presidente Jair Bolsonaro em flexibilizar o acesso a armas de fogo
Nas últimas semanas, assistimos ao acirramento das tensões entre polícias militares e governadores em diversos estados do país. O motim da polícia do Ceará foi o caso mais emblemático.
Toda morte importa. De acordo com o Monitor da Violência, o país teve 30.864 mortes violentas de janeiro a setembro de 2019, uma queda de 22% em relação ao mesmo período do ano anterior
Há exato um ano o governo publicava o decreto nº 9.685, mudando regras relacionadas ao registro, à posse e à comercialização de armas de fogo e munição no país.
Na contramão do que recomendam experiências internacionais bem-sucedidas, o Brasil vem apostando na segregação de espaços e de pessoas como solução para a segurança pública.
Mudanças maciças nas novas tecnologias estão atrapalhando a aplicação da lei e da justiça criminal em todo o mundo. Há enormes vantagens a serem obtidas com o mapeamento de crimes em tempo real e o policiamento preditivo, mas também enormes riscos em relação a práticas policiais discriminatórias e privacidade de dados. Robert Muggah, Emile Badran e Katherine Aguirre discutem essas questões em uma nova publicação do Instituto Igarapé – Crime Prediction for More Agile Policing in Cities.
Por Ilona Szabó Para O Globo O espaço cívico — esfera entre o Estado, empresas e família na qual os cidadãos e organizações da sociedade civil se organizam, debatem e agem — está se fechando. Isso está acontecendo de forma aberta e discreta em várias
Há 59 anos, no dia 25 de novembro de 1960, Patricia Mercedes Mirabal, Minerva Argentina Mirabal e Antônia María Teresa Mirabal —as irmãs Mirabal— foram brutalmente assassinadas ao se opor à ditadura de Rafael Leónidas Trujillo na República Dominicana.
Quanto mais armas na sociedade, maior a violência fatal. A evidência é esmagadora. Nos EUA, pesquisa da Universidade de Saúde Pública de Boston mostra que o aumento de 1% na posse de armas registradas está correlacionado com alta de 0,9% nos homicídios por armas de fogo.
De autoria do Executivo Federal, o projeto de lei 3.723/2019, em votação no Congresso, é prova cabal de que o governo escolheu concentrar a sua agenda na insegurança pública. O PL destrói o sistema de controle de armas do país e pode beneficiar o desvio para o crime e a formação de milícias armadas.
Não chegamos ao final do primeiro ano do mandato do atual governo e já contamos oito decretos presidenciais sobre armas e munições. Contra os retrocessos dessas medidas, 14 governadores e 12 ex-ministros da Justiça se manifestaram publicamente.
Muita gente me pergunta o que pode fazer para colaborar com a redução da violência no Brasil. Há muitas opções para quem quer se envolver direta ou indiretamente nessa urgente missão.
Ágatha Vitória Sales Félix, presente. Jenifer Cilene Gomes, presente. Kauan, Kauan e Kauê, presentes. Vivemos em um país em que nomes de crianças saem da chamada escolar para entrar de maneira absurda na lista de mortes violentas.
Os brasileiros estão indo embora. No primeiro semestre deste ano, a Receita Federal registrou mais de 21,8 mil saídas definitivas do Brasil.
Chamadas de hot spots, por reunir diversos tipos de crimes, incluindo altíssima incidência de desmatamento, Altamira e outras cidades no Pará estão há tempos entre as mais violentas do Brasil e do mundo.
Há muita gente boa escrevendo sobre a necessidade de conseguirmos separar a discordância que temos de determinadas políticas públicas defendidas pelo novo governo federal das reais ameaças institucionais à democracia que podem se apresentar.
Fabrício jamais vai se livrar da sensação amarga de ver o filho à beira da morte. Cristóvão nunca vai esquecer do que disse a um PM diante do corpo do neto. O neto de Cristóvão, Dyogo Xavier de Brito, de 16 anos, foi sepultado na terça (13).
O mundo está mais complexo, interdependente e instável do que nunca. O ritmo acelerado da mudança política, econômica e tecnológica gera rupturas e transformações em governos, empresas e sociedades como um todo.
Quando a sensação da maioria dos brasileiros é de que o país está indo na direção errada, é fundamental dar visibilidade a iniciativas que apontam para os caminhos certos. A sensação de desalento de 6 em cada 10 brasileiros tem a violência como seu principal pilar, mostra nova pesquisa Ipsos.
A dissidência partidária de um terço dos deputados de dois partidos de esquerda na votação da Previdência no Congresso, na semana passada, gerou grande discussão sobre a relação entre movimentos cívicos e o modus operandi tradicional de partidos políticos.
Segurança pública é muito mais do que polícia, repressão e prisão. Começa, antes de tudo, na prevenção, área que historicamente recebe pouca atenção do poder público no Brasil.
Enquanto eu terminava de escrever esta coluna, na segunda-feira, e o dia da publicação, quarta-feira, cerca de 30 mulheres foram assassinadas no Brasil.
A crise no sistema penitenciário ilustra o ponto, sendo o massacre em quatro presídios de Manaus, com 55 detentos mortos no final de maio, mais um episódio da barbárie anunciada.
É inegável que vivemos tempos difíceis. Democracias liberais estão sendo desafiadas no Brasil e mundo afora.
A cientista política especialista em segurança pública, diretora-executiva do Instituto Igarapé, conversa com a equipe do programa sobre armamento da população e outras discussões – ou polêmicas – do Brasil atual.
“Um dos maiores retrocessos na segurança pública dos últimos tempos”. É assim que a diretora-executiva do Instituto Igarapé, Ilona Szabó de Carvalho, classifica o decreto sobre armas de Jair Bolsonaro.
Quem ganha com o decreto 9.785, que foi assinado pelo presidente na última quarta-feira e expande o porte de armas?
Atualizar a política de drogas no Brasil é crucial para a melhoria da segurança pública. Em quatro semanas, o país terá a chance de dar um passo importante.
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