Mapear crimes ambientais é essencial para frear perda da floresta amazônica, diz estudo
Publicado na Reuters
Com Ilona Szabó
BRASÍLIA (Thomson Reuters Foundation) – Uma parcela do gado fornecido aos mercados do Brasil é engordada em terras amazônicas desmatadas ilegalmente. Para ocultar este fato aos compradores, é comum os animais passarem por muitas mãos e empresas antes de serem vendidos, disseram pesquisadores brasileiros.
Este processo de “regularização” da carne bovina torna difícil para os compradores ter certeza de que suas cadeias de suprimento evitam o desmatamento —uma razão para a perda generalizada da floresta continuar, explicaram pesquisadores em um estudo que analisa como os crimes ambientais na bacia amazônica muitas vezes são interrelacionados.
Para interromper as atividades de tais redes e impedir que produtos de origem ilegal inundem os mercados globais, é vital tornar estas conexões claras, disse Ilona Szabó, diretora-executiva do Instituto Igarapé, centro de pesquisas brasileiro que publicou o estudo nesta semana.
“Isso inclui revelar não apenas os grupos criminosos e negócios ilegais, mas também os funcionários públicos corruptos —incluindo policiais, escrivães, funcionários da alfândega e políticos que facilitam esses negócios”, disse Szabó em uma entrevista concedida à Thomson Reuters Foundation.
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