Mecanismos nacionais de recrutamento, preparo e emprego de especialistas civis em missões internacionais

A idéia do engajamento sistemático, integrado e institucionalizado de especialistas civis foi possivelmente construída – e definitivamente reforçada – pela natureza dos conflitos armados contemporâneos. Neste início do século XXI, está evidente que a resposta militar, sozinha, não oferece soluções duradouras para a paz e a estabilidade, seja após um conflito ou após um desastre natural. Isso enfatiza o papel que pode ser desempenhado por civis em missões de manutenção ou consolidação da paz. Junto com os militares, com policiais ou por conta própria, os civis têm potencial para promover uma solução mais ampla para os atuais problemas relacionados à paz e à segurança internacionais.

Tais especialistas civis, no entanto, não estão previamente recrutados nem são de tão fácil desdobramento para missões internacionais. Ademais, como demonstra Miriam A. Krieger, “os militares estão lá mas não estão capacitados e a eles falta a competência técnica para construir a boa governança; e os civis estão capacitados mas não estão lá porque não podem ser ‘desdobrados’ e geralmente têm aversão ao risco” (Krieger 2006:12)4 . Assim, este artigo destaca mecanismos elaborados por 10 países nos últimos 15 anos, em seus esforços de identificar, preparar e empregar seus “exércitos imaginários de especialistas civis”.

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