Boletim GPS do Espaço Cívico 7
O fechamento do espaço cívico — esfera entre os negócios, o Estado e a família, onde cidadãos e cidadãs se organizam, debatem e agem para influenciar as políticas públicas e os rumos do país — continua com intensidade no Brasil. O sétimo boletim GPS do Espaço Cívico apresenta o balanço do segundo trimestre de 2022.
Nesta 7ª edição do GPS, apresentamos o balanço do segundo trimestre de 2022. De abril a junho, identificamos 352 ameaças ao espaço cívico no Brasil. Por outro lado, 175 reações foram reportadas, sendo 118 respostas institucionais e 50 ações de resistência da sociedade civil e de outros grupos. Outros 7 incidentes de mudanças de posicionamento, representados por recuos do governo, receberam atenção da mídia.
O segundo trimestre foi marcado por uma escalada nos casos de violência política, muitas vezes traduzidos em violência física.
Os ataques ao sistema eleitoral, às pesquisas eleitorais e às instituições democráticas tiveram repercussão e ganharam destaque neste boletim . A insegurança ambiental e os crimes contra pessoas defensoras do meio ambiente e povos indígenas emergiram como questão central. O assassinato do jornalista Dom Phillips e do indigenista Bruno Araújo no Vale do Javarí ilustra o grave cenário de degradação do espaço cívico no Brasil.
A tipologia atualiza os critérios definidos no Artigo Estratégico 49 do Instituto Igarapé: “A Ágora sob ataque: uma tipologia para análise do fechamento do espaço cívico no Brasil e no mundo”.
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