Igarapé participa da COP28 com agenda dedicada a fazer virada para uma economia verde e justa
Igarapé participa da COP28 com agenda dedicada a fazer virada para uma economia verde e justa
Em 17 de novembro, as temperaturas globais ficaram acima de 2⁰C pela primeira vez em relação aos níveis pré-industriais. Na Conferência das Nações Unidas sobre Mudanças Climáticas de 2023 (COP28), em Dubai, o Instituto Igarapé apresenta uma agenda de informações e propostas para o enfrentamento da emergência climática a nível mundial, com um olhar especial para a Bacia Amazônica. “Queremos produzir conhecimento e construir pontes que permitam ao Brasil, e aos demais países em desenvolvimento, proteger suas florestas e fazer uma transição econômica verde e justa”, diz Ilona Szabó, cofundadora e presidente do Igarapé.
A agenda do Igarapé na COP28 tem como eixo central a visão de que a aceleração da tríplice crise planetária – disrupção climática, perda de diversidade e poluição – exige uma mudança na relação com o planeta. “O futuro do planeta e das pessoas depende de um compromisso global com a transição verde e justa. Compreender que um planeta saudável é um bem público beneficia o coletivo da humanidade”, aponta Ilona, que integra o Conselho Consultivo de Alto Nível sobre Multilateralismo Eficaz (HLAB), do Secretário-Geral da ONU.
Para a Amazônia, em seus programas de Segurança Climática e Cooperação Internacional, o Instituto tem a meta de transformar um ecossistema de crimes ambientais em um ecossistema de empreendimentos verdes. Para isso, vem atuando principalmente em três frentes: o monitoramento e combate aos crimes ambientais, seguindo o dinheiro lavado em economias ilícitas; o fortalecimento da governança e da cooperação regional na Amazônia; e a viabilização de mecanismos inovadores de finanças para a natureza.
“Os crimes ambientais não acontecem de forma isolada. São, na maioria, praticados por organizações criminosas, que movimentam muitos recursos, o que leva a outros crimes como tráfico de drogas, corrupção, lavagem de dinheiro e homicídios”, diz Melina Risso, diretora de Pesquisa do Igarapé. O ecossistema de crimes ambientais, que vem devastando a floresta amazônica, é alimentado por fluxos ilícitos de recursos, em grande parte não percebidos pelos sistemas de fiscalização dos países da região. Uma visão regional e multissetorial, envolvendo órgãos de fiscalização financeira, torna-se fundamental para interromper o avanço das redes criminosas.
Se o caminho da redução do desmatamento, no qual o Brasil tem destaque nesta COP, passa pela desarticulação das organizações do crime, é preciso criar condições para que novas economias se desenvolvam e façam frente às cadeias ilícitas das quais muitos dependem na região amazônica. “Para mudar os incentivos ao desmatamento e promover investimentos em uma economia verde na Amazônia brasileira, temos de trabalhar, simultaneamente, no fortalecimento do Estado de Direito, na expansão das parcerias público-privadas e na redução dos riscos nas soluções de investimento para empresas verdes”, afirma Ilona.
Com a cadeira da presidência do G-20, e mirando a preparação para a COP30 em Belém (PA) em 2025, o Brasil tem uma janela de oportunidade para consolidar sua posição de liderança internacional e garantir recursos para sua transição verde e a proteção de seus biomas – e se tornar, de fato, uma potência verde global. “Temos em abundância os recursos naturais que o mundo precisa preservar, como as florestas, e os necessários para o mundo transitar, incluindo minerais estratégicos e terras raras. O que precisamos é de uma visão integrada e coerente, capaz de responder às questões imediatas, mas salvaguardando no longo prazo o nosso futuro coletivo”, diz Ilona Szabó.
Na COP28, o Igarapé organiza, co-organiza e participa de uma série de eventos em que visa contribuir e influenciar políticas públicas e corporativas dentro dessa agenda. O Instituto estará com lideranças de governos e organismos internacionais e multilaterais, empresas, instituições do mercado financeiro global e nacional, e parceiros da sociedade civil.
Saiba mais detalhes da participação do Instituto Igarapé na CO28 em seu hotsite.
Mais informações: raphael.lima@igarape.org.br /press@igarape.org.br / joao@pensatacom.com
Sobre o Instituto Igarapé
O Instituto Igarapé é um think and do tank independente, que desenvolve pesquisas, soluções e parcerias com o objetivo de impactar tanto políticas como práticas públicas e corporativas na superação dos principais desafios globais. Nossa missão é contribuir para a segurança pública, digital e climática no Brasil e no mundo. O Igarapé é uma instituição sem fins lucrativos e apartidária, com sede no Rio de Janeiro e atuação do nível local ao global.