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O ano de 2023 marcou a consolidação de um novo momento para o Instituto Igarapé e, ao mesmo tempo, representou uma renovação de votos com suas origens. Adaptamos nosso curso de acordo com os desafios emergentes e, por isso, a segurança climática e ambiental vem ganhando importância em nosso trabalho. Quando o instituto foi criado, tomamos emprestada essa palavra “igarapé”, que, em Tupi, significa “caminho da canoa”, para expressar nosso desejo de conectar temas e setores da sociedade e levar soluções do Brasil para o mundo e do mundo para o Brasil. Agora, a Bacia Amazônica está no centro de pesquisas, parcerias e propostas que desenvolvemos e apresentamos no diálogo com tomadores de decisões públicas e corporativas.
Nesta versão resumida e interativa do relatório – uma alternativa à tradicional versão completa no formato PDF, detalhamos como estamos fazendo isso sem deixar para trás desafios nas áreas de segurança pública, segurança digital e cooperação internacional.
Estivemos em encontro com Sam Altman, executivo da OpenAI, responsável pelo ChatGPT, promovido pelo Instituto de Tecnologia e Sociedade (ITS Rio). Falamos sobre a importância de um multilateralismo em rede no Global Solutions Summit, focado em desafios enfrentados por instituições globais de governança.
Lançamos a primeira publicação da série "Siga o dinheiro", com recomendações de proteção contra a lavagem de dinheiro para combater a prática de crime ambiental na Amazônia. Estivemos no 25º Fórum dos Governadores da Amazônia Legal. Participamos do encontro anual no Fórum Brasileiro de Segurança Pública, no qual falamos sobre a multidimensionalidade da insegurança na Amazônia.
Divulgamos a segunda publicação da série “Siga o Dinheiro”, sobre como o crime ambiental é tratado pelos sistemas contra lavagem de dinheiro no Brasil, Colômbia e Peru. Em parceria com a Open Knowledge Brasil, lançamos "Que arma é essa?", um ranking de transparência de dados das unidades da federação sobre armas.
Lançamos a pesquisa “Somos Vitórias-Régias”, que mapeou riscos e vulnerabilidades de defensoras de direitos humanos e meio ambiente na bacia amazônica, nos Diálogos Amazônicos da Cúpula da Amazônia. Publicamos, ainda, guias de proteção a defensoras em Brasil, Colômbia e Peru. Também apresentamos a publicação "Amazônia Saqueada: as raízes do crime ambiental nas regiões de tríplice fronteira", em parceria com o InSight Crime.
Estivemos na Semana do Clima de Nova York onde promovemos e participamos de diversas conversas. Organizamos a apresentação do Plano de Transformação ecológica pelo Ministro Fernando Haddad para formuladores de políticas e formadores de opinião e, ainda, um debate sobre soluções e parcerias para o Brasil financiar sua transição verde, em parceria com o Instituto Arapyaú e o Consórcio Amazônia Legal. Fizemos parte também de um painel com Luciano Huck.
Lançamos o "Boletim Futuros Globais: A crescente ameaça da desinformação na América Latina e como combatê-la". Na COP28, que começou em novembro e foi até dezembro, apresentamos uma agenda para o enfrentamento da emergência climática global, com foco na Amazônia e em soluções financeiras sustentáveis.
Publicamos estudos sobre tendências relacionadas a violências contra mulheres em Brasil, México e Colômbia. Lançamos o "Global Futures Bulletin - Mecanismo internacional de financiamento para manter as florestas em pé". O Ministério da Justiça brasileiro reinstalou o Conselho Nacional de Segurança Pública, com convite para participação do Igarapé.
A criminalidade que impacta o clima envolve crimes ambientais, crimes violentos, crimes econômicos e infrações normativas, só para citar alguns exemplos. Em junho, o Igarapé lançou a primeira publicação da série “Siga o dinheiro“, sobre como a lavagem de dinheiro faz parte dessa engrenagem criminal na Amazônia. A abordagem pioneira tem contribuído para que atores-chave deem mais atenção ao tema. A Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (Enccla) anunciou que os crimes ambientais estão entre seus temas prioritários para 2024. Publicações do Igarapé também subsidiaram o Plano de Ação para Prevenção e Controle do Desmatamento na Amazônia Legal (PPCDAm). Abordamos, ainda, violências contra defensoras ambientais em pesquisa e guias. Os trabalhos repercutiram na imprensa e foram apresentados em eventos como Diálogos Amazônicos da Cúpula da Amazônia.
O Igarapé tem dedicado muitos esforços à promoção da colaboração entre países pan-amazônicos, buscando soluções em diálogo com autoridades e no debate público. Em março, realizamos o evento “Superando crimes ambientais”, o primeiro de uma série de encontros regionais, com a Interpol e a Associação Ibero-Americana de Ministérios Públicos (Aiamp). Dele, nasceu um Grupo de Trabalho para abordar os crimes ambientais na Amazônia dentro da Red Jaguar, rede formada por policiais ambientais dos países iberoamericanos. Participamos também da construção da Cúpula da Amazônia, realizada em agosto, em Belém do Pará. O evento foi marcado pela inclusão do enfrentamento aos crimes ambientais na Declaração de Belém, assinada pelos oito países amazônicos, uma conquista pela qual trabalhamos muito.
Criar condições para que novas economias se desenvolvam na região amazônica é um passo essencial para a redução do desmatamento. Em janeiro, o Igarapé apresentou no Fórum Econômico Mundial a plataforma Amazônia In Loco, que reúne mapas e gráficos interativos para ajudar os setores privado e público a reduzir riscos e melhorar resultados de investimentos na região. Também colaboramos com o Plano de Transformação Ecológica e para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, ambos do governo federal brasileiro, apresentando de subsídios técnicos e fomento do debate sobre as propostas. Nossos esforços incluíram ainda iniciativas relacionadas ao uso de minerais estratégicos para um mundo descarbonizado e à expansão de uma bioeconomia amazônica que respeite a diversidade regional. Um espaço crucial para a apresentação das soluções do nosso programa de segurança climática foi a COP28, realizada em Dubai no fim do ano.
Nossos esforços relacionados ao clima e à natureza têm sido apresentados em espaços de alto nível como o Conselho Consultivo de Alto Nível sobre Multilateralismo Eficaz (HLAB, na sigla em inglês), estabelecido pelo Secretário-Geral da ONU, António Guterres. Ilona Szabó, cofundadora e presidente do Instituto Igarapé, é a única representante latino-americana no grupo. Em abril de 2023, o HLAB lançou o relatório “Um ponto de inflexão para as pessoas e o planeta: Governança Global Eficaz e Inclusiva para o Presente e o Futuro” com um plano ambicioso para reformular a governança global e garantir que o sistema multilateral esteja melhor posicionado para enfrentar desafios como a crise climática e a falta de financiamento para o desenvolvimento sustentável. Ilona é membro, ainda, da rede dos Conselhos dos Futuros Globais. O Igarapé também esteve no Global Solutions Summit, em maio, e no Fim de Semana de Ação dos ODS (SDG Action Weekend), durante a Semana de Alto Nível da Assembleia Geral da ONU, em setembro.
Após anos de desmantelamento das políticas de controle de armas no Brasil, em 2023 pudemos contribuir para a reconstrução de políticas públicas relacionadas ao tema. Oferecemos subsídios técnicos para o novo decreto de armas, publicado em julho, assim como, assinamos uma Nota pública analisando a medida ao lado de outras 30 organizações. Lançamos, ainda, o ranking de transparência “Que arma é essa?“, em parceria com a Open Knowledge Brasil. Ele avalia a qualidade de dados sobre armas fornecidos pelas 27 unidades da federação. Em nosso trabalho mais amplo relacionado à segurança pública, voltamos ao Conselho Nacional de Segurança Pública, do Ministério da Justiça, e contribuímos para o Programa Juntos pela Segurança, de Pernambuco. Continuamos consolidando e atualizando dados relacionados à violência contra as mulheres por meio da plataforma EVA. Também apoiamos o lançamento da Rede Nacional de Atenção às Pessoas Egressas (Renaesp), pelo Conselho Nacional de Justiça.
As iniciativas do Instituto Igarapé relacionadas à segurança digital têm foco em dois temas que vêm exigindo esforços globais: a mitigação dos riscos relacionados ao uso de tecnologias preditivas e o combate à desinformação. Criamos a Força-Tarefa Global em Análise Preditiva para Segurança e Desenvolvimento, em parceria com a organização New America, reunindo pensadores, profissionais e defensores de direitos humanos para avaliar resultados do uso dessas tecnologias e desenvolver recomendações na sua implementação. No combate à desinformação, nosso relatório Pulso da Desinformação foi tema de eventos no Centro Brasileiro de Relações Internacionais (Cebri) e na Universidade de Harvard, para discutir como aplicar as lições aprendidas nas eleições brasileiras de 2022
Acessos a publicações no site
Publicações
Artigos de opinião
Participações em eventos nacionais e internacionais
Citações na imprensa
Seguidores em redes sociais
Uma janela de oportunidades foi aberta
Não temos tempo a perder, e o primeiro trimestre de 2024 foi intenso para o Igarapé. Começamos o ano participando novamente do Fórum Econômico Mundial. Intensificamos nosso trabalho relacionado ao G20, atuando na secretaria-executiva do Conselho Consultivo Nacional do grupo de engajamento de think tanks T20 e na coliderança de uma força-tarefa sobre fortalecimento do multilateralismo. Realizamos eventos com a participação de centenas de pessoas, como o I Fórum Brasileiro de Finanças Climáticas e o II Encontro Regional – Estratégias de Enfrentamento aos Ilícitos Ambientais na Amazônia.
Seguimos também atuando em outras frentes, como proteção de mulheres na Amazônia, regulação da inteligência artificial e segurança pública. Os desafios são múltiplos e diversos e o Igarapé seguirá avolumando os cursos que vão nos levar a um futuro sustentável, para as pessoas e para o planeta.
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