A violência contra mulheres no Brasil nos últimos cinco anos

Utilizando dados da plataforma Evidências sobre Violências e Alternativas para mulheres e meninas – EVA, que consolida os registros dos sistemas oficiais de saúde e dos órgãos de segurança pública, este relatório constatou que, embora o número de homicídios contra mulheres tenha diminuído 12% nos últimos cinco anos, os feminicídios cresceram 18% no mesmo período, tanto em números absolutos quanto em sua proporção no total de homicídios. 

 

O cenário se tornou mais preocupante para as mulheres nos últimos cinco anos devido ao aumento significativo em todas as formas de violência não letal. Observou-se um crescimento de 8,3% em casos de violência física, um alarmante aumento de 45,7% em violência sexual, um salto de 56,4% em violência patrimonial e um incremento de 23,2% em violência psicológica.

 

O problema é que os tipos de violência aos quais as mulheres são submetidas ainda costumam ser considerados de “menor gravidade”, por não resultarem em morte. As pesquisas se deparam com subnotificação dos casos, inconsistência dos registros e falta de padronização e confiabilidade das fontes de dados. Com isso, a desproporcionalidade de vitimização do público feminino em todas as outras formas de violência, exceto a letal, acaba não recebendo a atenção necessária na formulação de políticas públicas e nos debates sobre o tema.

 

Leia a publicação

O Instituto Igarapé utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e nossos Termos de Uso e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições.

Pular para o conteúdo