Folha de SP - Igarapé

Polícias podem apoiar aventura golpista de Bolsonaro?

Foi publicado na Folha de S.Paulo

Com Melina Risso

Se a política entra pela porta da frente de um quartel, a hierarquia e a disciplina saem pela porta dos fundos. A frase, dita no contexto da greve de policiais militares do Ceará, em fevereiro de 2020, é do general da reserva e vice-presidente da República, Hamilton Mourão.

Ele, que já foi trocado de cargo por criticar os governos de Dilma Rousseff (PT) e Michel Temer (MDB), deve saber o que diz. Desde a redemocratização, não se viam tantos militares e policiais na política institucional brasileira. E, desde então, nunca estiveram tão presentes no radar de preocupações do país o aparelhamento das instituições democráticas e a possibilidade de instrumentalização das forças de segurança pela retórica golpista do atual presidente.

“Bolsonaro está formando uma estrutura hobbesiana, dizendo que arma é liberdade e ampliando o conceito de excludente de ilicitude. É aí que acaba o Estado democrático de Direito”, diz Melina Risso, diretora de programas do Instituto Igarapé. “Bolsonaro é o cara da lei e da ordem, linha-dura, mas a lógica dele é desmontar o regramento, construindo o caos. Hoje, há cada vez mais grupos radicais armados”, afirma.

“Ainda assim, o maior problema é a autonomia que impera nas instituições policiais”, alerta.

Leia mais

The Igarapé Institute uses cookies and other similar technologies to improve your experience, in accordance with our Privacy Policy and our Terms of Use, and by continuing to browse, you agree to these conditions.

O Instituto Igarapé utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e nossos Termos de Uso e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições.

Pular para o conteúdo