Implementação de tecnologias de vigilância no Brasil e na América Latina

A chegada da pandemia no Brasil provocou um processo de digitalização forçada, levando muitos a dependerem de aplicativos de mensageria privada para manter seus negócios. Em um momento de isolamento social e controle da crise sanitária, a digitalização tornou-se condição básica para o funcionamento da economia e da sociedade. Países como o Brasil e outros na América Latina também olharam para a tecnologia como uma auxiliadora no controle da crise sanitária.

Contudo, o tecno-solucionismo no gerenciamento de uma crise não se deu isoladamente, pelo contrário, essas tecnologias de monitoramento se somam à uma infraestrutura de vigilância setorial já existente e apresentam novas tendências e riscos a liberdades e direitos em um contexto de vigilantismo já preocupante.

O problema é que, por mais que a implementação de algumas tecnologias
(reconhecimento facial) e setores (segurança pública) sejam altamente noticiados, permanecemos com uma visão parcial e fragmentada das práticas de implementação de tecnologias de vigilância pelo setor público – ora focando em uma, ora focando em outra.

Com isso em mente, apresentamos o relatório Implementação de Tecnologias de Vigilância no Brasil e na América Latina, resultado da aplicação da nossa Tipologia na análise de mais de 300 casos mapeados no Brasil e em outros países da América Latina entre 2006 e 2021. O relatório apresenta as principais tendências de implementação de tecnologias de vigilância em sete setores: segurança pública, saúde, educação, economia, transportes, inteligência e eventos/turismo.

 

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