Igarapé lança Monitor de Políticas de Drogas nas Américas

Site inédito reúne informações sobre políticas de drogas nas Américas em três idiomas

Acesse aqui o Monitor de Políticas de Drogas

O Instituto Igarapé lança no dia 26 de junho, Dia Mundial de Combate às Drogas, o Monitor de Políticas de Drogas nas Américas, uma ferramenta inédita e interativa sobre política de drogas nas Américas. Ela estará disponível em português, inglês e espanhol.

A plataforma mostra que a mudança na atual política de drogas da América Latina já começou: “Muitos países estão deixando de lado exigências dos tratados internacionais, superando a busca por um mundo livre de drogas, em prol da construção políticas inovadoras e de comunidades mais saudáveis ​​e seguras”, explica Ana Paula Pellegrino, pesquisadora do Instituto Igarapé responsável pela ferramenta. “No monitor, reunimos informações sobre reformas implementadas, legislações, penas alternativas, status da maconha medicinal e a disponibilidade de tratamento”, resume.

O Monitor de Políticas de Drogas conta com uma linha do tempo que destaca os principais eventos que aconteceram nas últimas décadas em relação à política de drogas.  Enquanto na área da justiça criminal ainda há muito a ser feito, avanços importantes foram conquistados no âmbito político e de saúde. Analisando a linha do tempo, pode-se perceber que quase todos os países melhoraram o acesso a tratamento para usuários e a regulamentação de cannabis medicinal. Porém, ainda falta descriminalizar o consumo de drogas e regular mercados ilícitos – reformas na área de justiça criminal.

As leis de drogas aumentaram drasticamente o encarceramento na região. Trinta por cento das 726 mil pessoas presas no Brasil, 60% dos 204.749 mil presos no México, 21,8% dos 116.058 mil na Colômbia estão atrás das grades por crimes relacionados a drogas.

Foram mapeadas mudanças como o desmantelamento de cortes de drogas (que julgam e condenam usuários a tratamentos obrigatórios) e a regulação de maconha para uso adulto, pontos nos quais a região é destaque. A descriminalização, a despenalização do consumo e a adoção de penas alternativas ao encarceramento também chamam atenção como iniciativas inovadoras.

O Uruguai foi o primeiro país a dar este passo a nível nacional. Legislações em estados como Califórnia, Colorado, Oregon e Alaska garantem hoje que parcela significativa dos EUA vivam em comunidades onde o acesso à maconha é regulado pelo Estado. “Essas mudanças não vão figurar como destaque em relatórios das Nações Unidas.” complementa Ilona Szabó diretora executiva do Instituto Igarapé, lembrando que a Junta Internacional de Fiscalização de Entorpecentes chegou a considerar irresponsável a experiência uruguaia. “Mas precisamos seguir de perto o impacto dessas experiências, pois elas irão definir o futuro da política de drogas no mundo.”

Quem acessar a ferramenta, também pode descobrir através de um quiz qual país tem uma política de drogas mais semelhante à sua posição pessoal e compartilhar o resultado em suas redes sociais. Também está disponível um glossário completo para sanar dúvidas sobre termos técnicos usados por especialistas no tema.

O monitor será atualizado pela equipe do Igarapé periodicamente. A ideia é que o site seja uma fonte permanente de informações para jornalistas, estudantes e outros.

Acesse aqui.

The Igarapé Institute uses cookies and other similar technologies to improve your experience, in accordance with our Privacy Policy and our Terms of Use, and by continuing to browse, you agree to these conditions.

O Instituto Igarapé utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e nossos Termos de Uso e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições.

Pular para o conteúdo