Boletim Futuros Globais: A crescente ameaça da desinformação na América Latina e como combatê-la
A rápida disseminação e o alcance da desinformação são amplificados pela nossa crescente dependência de conexões digitais e dispositivos eletrônicos, e superalimentados pela inteligência artificial (IA). A proliferação de notícias falsas, teorias da conspiração e conteúdo malicioso coincide com a diminuição da confiança nos meios de comunicação mainstream e o declínio do apoio à democracia. Embora todos os países estejam suscetíveis a uma infodemia descontrolada, alguns são mais vulneráveis do que outros.
Preocupações com danos digitais já afligem as grandes potências democráticas da América do Norte e da Europa Ocidental. No entanto, a ameaça também cresce rapidamente em nações emergentes, como o Brasil, onde as redes sociais são onipresentes e a consolidação das instituições democráticas ainda está em andamento. Durante o período das eleições brasileiras em 2022, à medida que notícias falsas e maliciosas ganhavam força, as autoridades brasileiras agiram com determinação para conter a ameaça e manter as eleições livres e justas. O Judiciário brasileiro, e especialmente o Tribunal Superior Eleitoral, liderou esses esforços, ao mesmo tempo em que convidava partidos políticos, atores da sociedade civil e plataformas de mídias sociais para a campanha.
Em um momento em que as sociedades em todo mundo refletem sobre o desafio de como conter a disseminação de danos online, este estudo destaca como o Brasil, a maior nação da América Latina, oferece lições que podem e devem ter relevância global para a democracia.
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