Desafios e Boas práticas para Implementação da Agenda sobre Mulheres, Paz e Segurança
25 de novembro de 2017
Apesar da centralidade da agenda sobre mulheres, paz e segurança (MPS) ser amplamente reconhecida pela comunidade internacional, persistem inúmeros desafios para a sua efetiva implementação. Para avançar nesse aspecto, uma das principais estratégias adotadas por diversos países tem sido a elaboração de Planos Nacionais de Ação (PNAs): ao menos 63 países lançaram seus planos nos últimos 15 anos. No entanto, apesar de o lançamento de PNAs ter contribuído sobremaneira para difundir a importância da agenda, esses nem sempre são efetivamente implementados.
O Brasil, além de outros três países latino-americanos – Argentina, Chile e Paraguai – , lançou um PNA como forma de definir a sua estratégia para implementar a agenda MPS. Embora o contexto latino-americano seja repleto de desafios sobre MPS de ordem doméstica, os PNAs da região, de modo geral, dão ênfase às políticas externa e de defesa desses países. Ao mesmo tempo, é reduzida a participação da sociedade civil desses países na implementação desta agenda.
Neste contexto, o Seminário “Desafio e Boas práticas para Implementação da Agenda sobre Mulheres, Paz e Segurança” buscou identificar os principais obstáculos para o avanço da agenda, especialmente na América Latina. Teve também como objetivo incentivar o intercâmbio regional de boas práticas, considerando que os países apresentam
avanços heterogêneos e podem compartilhar as lições aprendidas. Ao mesmo tempo, focou-se no caso específico da Colômbia, único país da região com reconhecido conflito armado interno, que apresentou inovações sem precedentes no que tange à participação de mulheres e à incorporação de uma abordagem de gênero ao Acordo de Paz entre as
Desafios e Boas práticas para Implementação da Agenda sobre Mulheres, Paz e Segurança Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (FARC) e o governo colombiano. O evento, organizado pelo Instituto Igarapé em parceria com a ONU Mulheres Brasil, aconteceu nos dias 28 e 29 de março de 2017, na Casa da ONU, em Brasília. Na ocasião, estiveram presentes membros da sociedade civil brasileira, incluindo a academia, além de especialistas internacionais e representantes governamentais de cerca de nove países (Argentina, Brasil, Bélgica, Canadá, Chile, Noruega, Reino Unido, Suécia e Uruguai), além da presença de organismos internacionais como a Organização das Nações Unidas e a União Europeia.
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