Diagnóstico “Governança e Capacidades Institucionais da Amazônia”

A emergência e a gravidade das mudanças climáticas fizeram com que a Amazônia fosse alçada ao centro do debate socioambiental e geopolítico nos últimos anos. A região, que é vital para o atendimento dos compromissos globais de redução de emissões de gases de efeito estufa, tem sido palco de um processo acelerado e violento de ocupação do território, cuja marca principal é a conversão de florestas nativas para outros tipos de uso do solo, principalmente para pastagens de baixa produtividade.

Além das marcas sobre a natureza, somam-se as ameaças, os conflitos pela terra e os assassinatos, que historicamente vitimaram majoritariamente representantes de povos e comunidades tradicionais e da agricultura familiar, mas que recentemente atingiram representantes do estado e da imprensa internacional.

O diagnóstico “Governança e Capacidades Institucionais da Amazônia”, elaborado pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública com apoio do Instituto Clima e Sociedade (iCs), aprofunda a compreensão sobre a criminalidade organizada na Amazônia, sobretudo a partir da constatação de que a taxa de mortes violentas intencionais nos municípios da região amazônica chegou a 30,9 por grupo de 100 mil habitantes em 2021, 38,6% superior à média nacional.

O diagnóstico foi lançado junto à Agenda “Governar para não entregar: uma agenda de Segurança Multidimensional para a Amazônia brasileira” desenvolvida pelo Instituto Igarapé. Ambos documentos apresentam proposições, considerando as diferentes dimensões de segurança necessárias para a região, e serão entregues aos principais candidatos à presidência do país.

 

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