Proteção da maternidade

O Supremo Tribunal Federal (STF) autorizou a prisão domiciliar para mulheres em prisão preventiva grávidas ou com filhos de até 12 anos. A decisão inédita deve beneficiar cerca de 4 mil mulheres incluídas em uma lista do Departamento Penitenciário.

O Instituto Igarapé, que historicamente aponta a necessidade de revisão do encarceramento de mães e grávidas presas por crimes não violentos, aplaudiu a decisão.

Recentemente, a diretora-executiva do Igarapé, Ilona Szabó, abordou o assunto em sua coluna quinzenal na Folha de S. Paulo. “O custo financeiro e social de manter na prisão mães que cometeram crimes sem violência e ameaça não se justifica. Lembre-se: todos pagamos essa conta. Sobretudo, nossas crianças”. Das mais de 42 mil mulheres presas, 74% têm pelo menos um filho.

Em 2016, o Instituto lançou “Direito à defesa e à proporcionalidade“, um relatório que busca capacitar defensores públicos envolvidos em casos relacionados a drogas, uma das formas mais comuns de criminalidade que levam à prisão de mulheres no Brasil.

O Instituto continua a trabalhar no nível do Supremo Tribunal Federal para estimular uma ampla reforma da política de drogas.

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