O Instituto Igarapé participa de evento da ONU sobre a manutenção da paz na América Latina em Bogotá, na Colômbia
O Instituto Igarapé possui larga experiência em pesquisas e planos de ação voltados para missões de paz lideradas pelas Nações Unidas, inclusive com operações envolvendo o Brasil. Mais especificamente, o Instituto busca auxiliar no avanço e implementação das resoluções da Assembleia Geral da ONU de 2016, e as declarações feitas pelo Conselho de Segurança da ONU. O Igarapé participou recentemente de conferência sobre o papel da América Latina na moldagem das operações da ONU. O evento aconteceu em Bogotá, e a fellow do Igarapé, Adriana Abdenur, participou de sessões focadas em métodos de monitoramento de acordos de paz, aumento do engajamento da sociedade civil na implementação de planos combate ao crime organizado, e modos de assegurar o progresso sobre os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS’s).
Data e local da reunião não poderiam ser mais propícios – Bogotá, capital da Colômbia. O país ainda está no processo de implementação de seu acordo de paz com as FARC. Além do mais, ONU e governo colombiano seguem suas tentativas de restabelecimento do cessar-fogo com o Exército de Libertação nacional (ELN). A reunião ocorreu pouco depois da suspensão das negociações entre o governo a o ELN. O presidente Juan Manuel Santos cancelou a rodada após ataques da guerrilha matarem ao menos quatro pessoas e deixarem dois militares feridos, no último dia 10.
A atuação brasileira é bastante expressiva em processos de paz, inclusive esse em questão – entre o ELN e a Colômbia. “Como o Brasil consta entre os chamados países garantes – Estados ou organizações internacionais que testemunham negociações de paz, conferindo legitimidade ao processo e oferecendo apoio frente a eventuais demandas -, o país se guia pelo princípio da não-interferência em suas iniciativas de cooperação, no lugar de impor a sua própria paz no processo de mediação de conflitos”, explica Abdenur.