Futuros Globais: Migrações e deslocamentos climáticos

O Igarapé lança durante a COP27 o boletim “Futuros Globais”, uma publicação trimestral voltada aos desafios globais e soluções inovadoras, considerando a perspectiva dos países do sul global para o enfretamento das crises planetárias: mudanças climáticas, poluição e perda de biodiversidade.

O boletim é voltado a tomadores de decisão, setor privado e instituições não governamentais e busca elucidar tópicos complexos de forma intuitiva e acessível. As próximas edições também irão explorar temas relacionados à migração climática e à crise do deslocamento em função de desastres, as conexões entre crimes ambientais e desmatamento e a importância em dar escala e acelerar o financiamento climático.

 

Migrações e deslocamentos climáticos: “Não há para onde correr”.

“Não há para onde correr” (“No Place to Run”) é a primeira edição do boletim que explora os esforços globais, regionais e nacionais para mitigar os riscos relacionados ao clima e apoiar a adaptação a choques e estresses cada vez mais frequentes e intensos. Quase 60 milhões de pessoas já foram deslocadas pelas mudanças climáticas em todo o mundo, em 2021, um número muito maior do os desabrigados por conflitos armados. Entre 216 milhões de pessoas e talvez até 1,2 bilhão podem enfrentar pressões crescentes até meados do século para abandonarem seus países de origem devido a tensões relacionadas ao clima, que variam de ondas de calor ao aumento do nível do mar. O impacto é desproporcionalmente maior nos países em desenvolvimento, com até 86 milhões de pessoas em risco de serem obrigadas a abandonarem suas casas, até meados do século, na África Subsaariana, 49 milhões no Leste Asiático, 40 milhões no Sudeste Asiático e 17 milhões na América Latina.

 

O investimento público e privado para a adaptação e mitigação ao clima ainda está muito aquém do necessário. As mudanças climáticas podem forçar centenas de milhões de pessoas a se mudarem, especialmente entre populações de baixa renda e que normalmente estão mais vulneráveis.” Ilona Szabó, co-fundadora e presidente do Instituto Igarapé

 

Choques e estresses climáticos exigem repensar as prioridades políticas. O investimento inicial em prevenção e preparação é muito mais custo-efetivo do que gerenciar deslocamentos e migrações em grande escala. No Place to Run descreve como o apoio global, regional e nacional para sistemas de alerta precoce, Soluções Baseadas na Natureza (SBN) e a promoção da resiliência em comunidades em risco são essenciais.

 

Leia a publicação - disponível em inglês

 

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