Em meio à exaustão, o ânimo de dizer basta

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Publicado na Folha de S.Paulo

Com Ilona Szabó

Estou exausta. Muitos estão. O Brasil do bolsonarismo exaure e faz definhar os vivos, enquanto enterra às pressas, sem remorso, condolências e direito ao luto, centenas de milhares de mortos. Os dias estão infestados de tragédias, crimes desumanos, negligências atrozes e avanços autoritários. Dor, fome, violência, corrupção e medo se espalham deliberadamente, assim como a pandemia, Brasil afora. O cenário deixa difícil até mesmo escolher um assunto único para esta coluna.

Não poderia deixar de falar sobre o massacre no Jacarezinho, e sobre a tentativa, até o momento bem-sucedida, da extrema direita de estabelecer a narrativa da falsa dicotomia entre o enfrentamento ao crime e o respeito às leis e aos direitos humanos. Fica a dura lição do resultado da falsa polarização entre saúde e economia na pandemia. Pesquisa do Ipea mostra que morreu mais gente no Brasil do que em cerca de 90% dos países do mundo e que perdemos mais empregos do que 84% deles. O discurso de demonização dos direitos humanos, antes marginal, ganhou o centro do poder e faz com que as velhas práticas nefastas por ele embasadas fiquem ainda mais letais. Os dados sobre violência policial no Rio estão aí para confirmar.

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