Como é ser mulher numa área de trabalho tradicionalmente masculina?
Para O Globo
Sou pesquisadora na área de paz e segurança internacional no Instituto Igarapé, um think tank que atua em toda América Latina e em algumas partes da África. Trabalho com temas tais como as operações de paz das Nações Unidas; o crime organizado transnacional na Amazônia; a migração e o refúgio; os processos de paz; e os impactos das mudanças climáticas sobre a segurança. Eu e minhas colegas (somos quase todas mulheres) passamos parte do nosso tempo desenvolvendo pesquisa de campo, às vezes em lugares inseguros ou até mesmo marcados pelo conflito armado. Nos últimos dois anos, fui a campo no leste do Congo; nas áreas da Amazônia colombiana antes dominadas pelas Farc; ao Chifre da África; e à fronteira entre o Líbano e a Síria. Mês que vem, devo ir à fronteira com a Venezuela.