A violência política é amiga das armas e inimiga da democracia
Por Ilona Szabó
Para a Folha de S.Paulo
Até a conclusão do processo eleitoral deste ano, temos a difícil missão de evitar o desvio definitivo da rota democrática. Ao observar a trágica sucessão de fatos das últimas semanas, que culminou no assassinato do guarda municipal Marcelo Arruda durante sua festa de aniversário, no sábado passado em Foz do Iguaçu, fica evidente que os prognósticos mais sombrios estão se confirmando: intolerância, hostilidade e violência corroem nossa capacidade de aceitar as diferenças que caracterizam uma sociedade livre, diversa e plural.
Marcelo Arruda escolheu o PT como tema de sua festa de 50 anos. Sua escolha provocou o ódio em seu algoz que, segundo relatos, invadiu o local gritando o nome de Jair Bolsonaro e “mito”. Poucos dias antes, um explosivo caseiro foi atirado durante comício do ex-presidente e pré-candidato Luiz Inácio Lula da Silva na Cinelândia, Centro do Rio. No mesmo dia, o carro do juiz que determinou a prisão do ex-ministro Milton Ribeiro foi atacado com barro, ovos e fezes de animais.
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