Pesquisa mostra percepção de crianças e adolescentes sobre violência no Brasil
[Press Release] Setembro de 2016
Instituto Igarapé e Visão Mundial divulgam resultados no dia 26/09, no Rio
Segurança também é assunto de criança. No entanto, quase não há dados disponíveis sobre o modo como elas percebem a violência. Para suprir essa falta, o Instituto Igarapé e a Visão Mundial realizaram uma pesquisa em 12 cidades brasileiras e apresentam os resultados ao público nesta segunda, dia 26 de setembro.
A pesquisa “O que dizem as crianças” será lançada em um painel de debates com representantes das duas instituições e do Unicef. A roda de conversa tem como proposta chamar a atenção de empresas, sociedade civil e governo para que essas organizações se sensibilizem e promovam programas e políticas públicas para combater o alto índice de violência contra as crianças, jovens e adolescentes.
O estudo realizado pelas duas organizações mostra como as crianças e adolescentes são uma população vulnerável e como a violência afeta o seu cotidiano. A escuta foi feita através de uma ferramenta de pesquisa móvel em formato digital, o Índice de Segurança da Criança (ISC), desenvolvido pelo Instituto Igarapé.
Ouvir as crianças
A consulta permitiu observar o quanto as crianças e adolescentes se sentem seguros dentro de suas casas, escolas e comunidades. “O modo como as pessoas percebem o nível de segurança nem sempre corresponde aos índices de violência. No Rio de Janeiro, por exemplo, ao contrário do que se possa pensar, as taxas de homicídio estão abaixo da média nacional – 21,1 contra 29,1 por cada 100 mil habitantes – e em seu nível mais baixo desde que os dados começaram a ser coletados”, diz Robert Muggah, diretor de pesquisa do Instituto Igarapé.
Para Karina Lira, assessora programática de Proteção à Criança da Visão Mundial, “é possível reduzir a violência infantojuvenil, mas as estratégias e soluções requerem o envolvimento e compromisso de todas as instituições. Embora ela atinja fortemente o bem estar e dignidade das crianças, adolescentes e jovens, a violência tem impacto em toda a sociedade. Todos precisam se importar com isso”.
Campanha
Recentemente a campanha #SegurançaParaACriança foi lançada no mesmo período das olimpíadas para provocar um debate sobre os desafios da violência contra as crianças. A hashtag pode ser usada por qualquer pessoa que deseja se engajar na campanha.
Programação
Hora | Atividade | Responsável |
14h | Mesa de abertura | João Diniz e Robert Muggah |
15h30-16h10 | Painel: Cidade Segura para às Crianças: A voz e o Lugar para a Infância. | |
Panorama da violência contra crianças e adolescentes no Brasil e as estratégias de prevenção e redução através de plataformas colaborativas de fortalecimento da rede de proteção. | Unicef | |
A tecnologia como ferramenta de diagnóstico de violência contra crianças e adolescentes. | Natalie Hanna | |
O que dizem as Crianças?
Uma consulta sobre violência a partir da percepção de crianças e adolescentes. |
Karina Lira | |
Mobilização e participação infanto-juvenil na prevenção e redução da violência. | Reinaldo Almeida | |
17h30 | Encerramento | |
17h30-18h | Coquetel |