OKA: aplicativo gratuito informa migrantes, refugiados e deslocados internos sobre assistência e serviços
O Instituto Igarapé lança no próximo dia 6 de fevereiro (quarta-feira) o aplicativo OKA. O app promete ser uma espécie de bússola de serviços e políticas públicas para migrantes, refugiados, solicitantes de refúgio e deslocados internos no Brasil. A boa nova é que toda a informação contida no aplicativo, que é gratuito, pode ser acessada mesmo sem conexão com a internet. A divulgação e demonstração ocorrem durante o evento ”Usos e limitações de plataformas digitais para migrantes e deslocados internos” na Casa de Rui Barbosa, em Botafogo, a partir das 18h.
“Queremos disseminar o conhecimento dos direitos e ampliar o acesso a serviços gratuitos e políticas públicas entre esse público”, disse Lycia Brasil, pesquisadora do Instituto Igarapé. “Tudo foi feito para unir quem precisa e quem pode ajudar”.
O OKA ainda possui informação geolocalizada sobre os serviços oferecidos por repartições públicas federais, estaduais, municipais e, em um primeiro momento, atendimentos locais nos municípios do Rio de Janeiro (RJ) e Boa Vista (RR). Os programas mapeados abrangem as seguintes categorias: moradia, educação, saúde, assistência social e assistência jurídica, além de contatos para que o usuário possa buscar ajuda em situações de emergência.
Refugiados e outros migrantes muitas vezes têm dificuldades para acessar informações sobre serviços públicos relevantes. Quando esses dados estão disponíveis, eles se encontram fragmentados. Ao compilar informações de diversas fontes, o aplicativo OKA agiliza o acesso a informações e serviços essenciais. Para respeitar a confidencialidade e privacidade dos usuários, nenhum dado individual será armazenado.
Na sua primeira fase, além dos serviços a nível nacional, o OKA oferece informações de atendimentos e serviços locais nos municípios do Rio de Janeiro, onde o Igarapé tem sua sede, e em Boa Vista (RR), que concentra um grande número de recém-chegados da Venezuela. Na próxima etapa do projeto, esperamos estender o mapeamento de serviços a outras cidade brasileiras que recebem grandes fluxos de migrantes. Ao desenvolver, expandir e aprimorar a ferramenta, o Igarapé busca incorporar as opiniões e perspectivas dos próprios migrantes, além de demandas de grupos mais vulneráveis como os indígenas, LGBT+, mulheres e crianças desacompanhadas.
O aplicativo estará disponível gratuitamente, em espanhol, francês e inglês na Google PlayStore e Apple Store.
Principais funcionalidades do aplicativo:
-Filtros para refinar a busca pelos serviços e políticas mapeados no aplicativo (ex: localização urbana/rural, por faixa etária, por demandas específicas e status migratório)
– Informações georreferenciada a cerca de programas e instituições federais, estaduais e municipais e demais redes de apoio para o público alvo (ONGs, Agências internacionais e iniciativas locais da sociedade civil)
– Acesso remoto e offline
– Contatos de emergência e redes de proteção para grupos mais vulneráveis.
– Hiperlinks dentro do app para facilitar o entendimento dos requisitos. Por exemplo, a pessoa acessa um serviço que tem como requisito o CPF. Para um imigrante, que pode não saber o que significa CPF, basta ele clicar na palavra que aparecerá a explicação do que é o documento e como ele pode obter.
Sobre o Instituto Igarapé
O Instituto Igarapé é um think and do tank independente, dedicado à integração das agendas da segurança, justiça e do desenvolvimento. A missão do Instituto Igarapé é tornar o Brasil e os países do sul global mais seguros. Seu objetivo é propor soluções inovadoras a desafios sociais complexos, por meio de pesquisas, novas tecnologias, influência em políticas públicas e articulação.
Serviço:
Local: Auditório da Fundação Casa de Rui Barbosa
Rua São Clemente, 134 – Botafogo
Horário: das 18 às 20h30
Programação:
Mesa de discussão sobre integração de refugiados e migrantes
Abertura:
Adriana Abdenur, coordenadora da Divisão de Paz e Segurança Internacional do Instituto Igarapé
Charles Gomes, coordenador do Centro de Proteção a Refugiados e Imigrantes (CEPRI-Casa Rui)
Moderação: Lorena Carneiro, advogada (CEPRI)
Debate:
André Zuzarte (pesquisador do Centro de Estudos em Direito e Política de Imigração e Refúgio (CEDPIR-Fundação Casa de Rui Barbosa)
Angela Vasconcelos, professora de serviço social da UFF e representante da Catédra Sergio Vieira de Mello
Ninibe Forero, migrante colombiana
Charly Kongo, refugiado congolês e professor do Abraço Cultural
Carol, deslocada interna
Demonstração do aplicativo:
Lycia Brasil (pesquisadora da Divisão de Paz e Segurança Internacional do Instituto Igarapé)
Mais informações:
Renata Rodrigues (renatarodrigues@igarape.org.br)
(21) 3496-2114 | (21) 98038-2376