Instituto Sou da Paz questiona presidenciáveis sobre propostas para combater violência
Veja as respostas de Fernando Haddad, do PT. O candidato Jair Bolsonaro não respondeu. Propostas abordam temas que não constam nos programas de governo.
Publicado no G1
Com base, entre outros, em dados divulgados pelo G1, o Instituto Sou da Paz preparou um questionário para os presidenciáveis Jair Bolsonaro (PSL) e Fernando Haddad (PT) sobre temas relacionadas à violência não contemplados nos respectivos programas de governo.
As perguntas se baseiam em sugestões para a área de segurança feitas pelo próprio Sou da Paz, pelo Fórum Brasileiro da Segurança Pública e pelo Instituto Igarapé.
O G1 enviou o questionário para as campanhas de Bolsonaro e Haddad. A assessoria de Bolsonaro não respondeu. Abaixo, as questões e as respostas de Haddad:
Pergunta: o Brasil atualmente não sabe quantas armas de fogo nem qual a massa de droga apreendidas em território nacional. O Governo Federal não conta hoje com um banco de dados integrado e atualizado que reúna as informações sobre os crimes que acontecem em cada um dos 27 estados. Qual a sua proposta para resolver esta ausência de informação e diagnóstico?
Resposta: O diagnóstico da segurança passa pela construção de um sistema de inteligência fundado em alta tecnologia, monitoramento de nossas fronteiras e qualificação dos profissionais de segurança. O governo Fernando Haddad vai investir em tecnologia na área de segurança. Vai também aprimorar a política de controle de armas e munições, reforçando seu rastreamento, por meio de rigorosa marcação, nos termos do estatuto do desarmamento. A redução da violência causada pelo uso de arma de fogo passa por utilizar inteligência acumulada para retirar armas ilegais de circulação e represar o tráfico nacional e internacional. Perseguiremos a meta de tirar a arma da mão do criminoso e equipar melhor a polícia, para que o Estado cumpra seu dever de oferecer segurança pública.
Em paralelo, o governo federal deve assumir suas responsabilidades no enfrentamento da criminalidade que, tendo origem transnacional, afeta a segurança dos estados e dos municípios. Isso permitirá uma experiência inovadora de atuação da Polícia Federal no ciclo completo na cadeia do crime. A Polícia Federal já atua na cooperação internacional, no controle de fronteiras e armas, e na repressão interestadual, o que a habilita a atuar no enfrentamento do crime organizado, do financiamento associado, em todas as modalidades criminosas de grande vulto que incidem sobre os centros urbanos, mas cujas dinâmicas extrapolam seus limites.