Feminicídio de negras cresce em dez anos como sintoma da desigualdade

Publicado no Globo

Com Renata Giannini

RIO E BRASÍLIA – “Tô cansada, tô estressada, hoje eu não vou bater boca com ninguém”. Era uma brincadeira que a digital influencer Bruna Quirino postou no sábado sobre o marido, que era seu empresário. Aos 38 anos, Bruna ganhava projeção em Valinhos, no interior de São Paulo, dando dicas principalmente sobre cabelo voltado para o público afro, ora em penteados de dreads, ora com black power mais comprido. Um dia depois da postagem, ela foi morta a facadas por Rodrigo Quirino, de 40 anos, com quem era casada há 20 anos e tinha uma filha, que presenciou o crime. Rodrigo se suicidou .

Pesquisadora do Instituto Igarapé, Renata Giannini confirma que o principal motivo para os altos índices de feminicídios no Brasil é a desigualdade de gênero. Ela explica que o feminicídio normalmente é o fim de um processo que é antecedido por outras violências:

— Existe uma percepção sobre um status inferior de mulheres, sua liberdade e seus corpos, que acaba impactando na violência cometida contra elas. É mportante olhar para outros tipos de violência: porque normalmente não acontece do nada, é um crime íntimo, que costuma ser cometido por uma pessoa próxima da vítima — diz Renata, em uma análise que combina com a forma como morreram Bruna e Geordana.

Leia a matéria

The Igarapé Institute uses cookies and other similar technologies to improve your experience, in accordance with our Privacy Policy and our Terms of Use, and by continuing to browse, you agree to these conditions.

O Instituto Igarapé utiliza cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência, de acordo com a nossa Política de Privacidade e nossos Termos de Uso e, ao continuar navegando, você concorda com essas condições.

Pular para o conteúdo