Como o setor privado pode evitar riscos à segurança de larga escala?
Janeiro de 2017
Quais são as principais ameaças que os estados nacionais enfrentam em 2017? Como eles combaterão ameaças catastróficas que vão do conflito direto a pandemias e mudança climática? Líderes globais debaterão ativamente essas questões no Fórum Econômico Mundial, de 17 a 20 de janeiro, em Davos, Suíça. O Instituto Igarapé participará da discussão.
O diretor de pesquisa do Instituto Igarapé, Robert Muggah, fará parte de um painel de alto nível que discutirá “um novo paradigma de segurança”. Muggah explorará como as responsabilidades estão passando de órgãos estatais para uma nova gama de agentes, muitos deles no setor privado. Ele discutirá como os estados e agentes privados estão cada vez mais compartilhando responsabilidades, mas nem sempre de maneira fácil.
“Os estados nacionais mais poderosos do mundo estão flertando com conflitos catastróficos. A ansiedade global alimenta movimentos nacionalistas, estimulados pela atuação entusiasmada do populismo, por exemplo”, diz Muggah. “Mas, por mais alarmante que isso soe, há oportunidades para impedir esse desastre em potencial. Este é o momento para começar a construção de uma visão positiva, inclusiva e plural do futuro”, acrescenta.
O diretor de pesquisa do Igarapé observa que há várias megatendências que requerem novas abordagens e políticas públicas. Os temas que demandam soluções inovadoras vão da urbanização maciça e da desigualdade a ameaças provenientes de armas de destruição em massa, pandemias e mudança tecnológica acelerada. “Esses tópicos exigem um envolvimento abrangente de diferentes setores – não apenas dos responsáveis pelas decisões nos governos, mas também de agentes empresariais, acadêmicos, grupos da sociedade civil e outros”, afirma.
Também participarão do painel: Jean-Marie Guéhenno, ex-ministro da Defesa da França; John Chipmann, diretor-geral do International Institute for Strategic Studies (IISS); Mark McLaugghlin, CEO da Palo Alto Networks; Henry Ross Perot Junior, presidente das Perot Companies; e Espen Barth Eidte, assessor especial da ONU para Chipre.