Armas: você vai querer ter em casa?
Por Priscilla de Paula
Publicado no Estadão
Que cada um vê o mundo com os próprios olhos não se discute. Você já se deu conta de que, até por isso, um mesmo fato é visto de diferentes formas? Um exemplo é a flexibilização da posse de armas, promessa de campanha. Digamos que a decisão não deveria causar surpresa porque, como dizem, promessa é dívida. O que surpreende é a forma como a gente lida com essa mesma decisão. Alguns com paixão, outros com ponderação.
Todo mundo entende que falta de segurança é igual a medo? Então, concordamos. Nós somos um povo amedrontado.
Há quem diga que, com a facilitação da compra de armas, “felizmente chegou o momento de acabar com as reações impulsivas dos últimos anos, a cobertura ao MST, FARC, comunismo, terroristas, metralhadoras para mais bandidos…”. (entre aspas, porque eu li um comentário exatamente assim, depois do decreto). Só pra constar: algumas coisas aí não tem relação com o Brasil.