Desde 2008, as Américas têm sido pioneiras na reforma da política de drogas de tolerância zero para um enfoque de saúde pública.
Do Canadá à Terra do Fogo, governos e sociedade têm buscado respostas compatíveis com sua realidade local, ajustando políticas para construir soluções mais humanas e eficientes.
Para uns, isto quer dizer regular o cultivo e consumo de folhas de coca, tradicional da região andina. Para outros, é implementar programas de redução de danos para usuários de cocaína fumada, o crack, ou de heroína.
Os caminhos também são diversos. Se uns já reconhecem em legislação a possibilidade de consumo medicinal de drogas ilícitas, faltando apenas regulamentar o acesso, outros tem que mudar suas leis. Em alguns países, mudanças ocorrem pela via judicial – o debate sobre a criminalização do consumo de drogas já foi parar em diversas cortes supremas por toda a região – ou de fato, quando há um acordo tácito entre operadores da segurança pública de que não irão prender usuários de drogas.